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"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante..." (Caio F. Abreu)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sou o que somos...

Todos temos sempre algo mais a aprender. Não somos pessoas acabadas às quais nada mais possa ser acrescentado. É por isso que os que temos ouvidos de ouvir e olhos de ver nos encantamos com as pérolas que descobrimos em toda parte. Quando menos se espera, eis uma preciosidade a se apresentar.

Não foi diferente com um antropólogo que foi à África com o objetivo de estudar usos e costumes tribais. Concluída sua tarefa, aguardava o transporte que o conduziria ao aeroporto, de retorno ao lar. Observando as crianças que brincavam, resolveu propor uma brincadeira-desafio. Adquiriu doces variados e os colocou em um cesto, com um belo laço de fita, debaixo de uma árvore. Aí, chamou as crianças e lhes disse que quando ele gritasse a palavra: Já!, elas deveriam correr até o cesto. O vencedor ganharia todas as guloseimas que ele continha...

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse Já!, elas se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes. O antropólogo foi ao encontro delas e lhes perguntou por que tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces. Elas simplesmente responderam: Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?
*   *   *
Ubuntu é uma antiga palavra africana, cujo significado é humanidade para todos. Ubuntu também quer dizer sou o que sou devido ao que todos nós somos.

Que bela filosofia! Totalmente acorde ao amor ao próximo como a si mesmo, ensinado por Jesus. Como posso ser feliz tendo tanto se meu irmão padece fome e frio? Como posso ser feliz enquanto meu irmão padece por falta de medicamentos? Por que devo desejar tudo para mim e não deixar nada para meu irmão?

Verifiquemos como, em tantas oportunidades, nós mesmos, na qualidade de pais, incentivamos nossos filhos a apanharem tudo que podem para si. Basta que recordemos das festinhas, onde são distribuídos brindes e guloseimas. Alguns pais chegam a entrar na brincadeira para conseguir algo mais para os seus filhos. Estamos incentivando o egoísmo em detrimento do amor ao próximo, do partilhar, do ficar feliz repartindo com o outro.

Isso é um grande promotor do tudo para mim, sem me importar com o semelhante...

Pensemos nisso e principiemos a vivenciar mais o partilhar, o dividir, ensinando, ao demais, nossos filhos, desde pequeninos, a assim proceder. Recordemos que todos ansiamos por um mundo melhor, mais justo. Façamos a nossa parte, desde o hoje...hum rum !

(Momento Espirita, a partir de fato narrado pela jornalista Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Florianópolis, SC, no ano de 2006)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pessoas e potes de geléia..


Transformamos as pessoas em potes de geléia. Sim, toda vez que julgamos precipitadamente, que criamos rótulos, estamos comparando as pessoas a objetos. Objetos podem, muitas vezes, ser facilmente explicados, descritos, compreendidos. Basta um desenho, um esquema, ou algumas palavras e está tudo resolvido. Ficaram famosos os jogos de mímica, nos quais os oponentes precisam adivinhar uma palavra, uma frase, através da compreensão dos gestos do outro.

O problema está quando desejamos usar esta nossa habilidade de descrever rapidamente alguma coisa, no convívio com as pessoas. Pessoas são Espíritos, almas complexas, de realidades múltiplas e possibilidades infinitas. Avaliá-las com superficialidade é desrespeitá-las em sua essência divina.

O grande escritor russo Léon Tolstoi, afirma que um dos nossos preconceitos mais comuns e disseminados, é o de que cada pessoa tem uma característica fixa. Segundo ele, tal preconceito faz com que existam apenas pessoas boas ou pessoas más; pessoas inteligentes ou pessoas estúpidas; pessoas frias ou pessoas quentes.

Aí começam os rótulos...

Muitas vezes, com o objetivo de simplificar, nós empobrecemos e menosprezamos as pessoas. Até nossos hábitos de linguagem precisam ser revistos, pois muitos deles já nos acostumam ao rótulo fácil. Você lembra de Fulano de tal?Não, não lembro. – responde o outro. Aquele magrinho com nariz pontudo, lembra? Ah, sim, claro, agora lembrei!

Pois aí está o embrião do vício dos rótulos...

Pode ser uma observação sem maldade, que apenas ajude a lembrar mais facilmente das pessoas, mas, por vezes, já desenvolve em nós esta prática desagradável. Mais um pouco e estamos no nível de observações como: Beltrano é falso mesmo. Cuidado com o que ele diz! Obviamente que podemos identificar as dificuldades das pessoas. É algo comum da vida de relacionamento. Mas, avaliar toda uma personalidade, todo o universo de um Espírito encarnado, e resumi-lo em uma frase, em um rótulo, é pequeno e simplista demais. Além de ser desrespeitoso...

Aplicando um rótulo a alguém, principalmente os negativos, estamos dizendo que ninguém é capaz de mudar, de crescer. Estamos dizendo que a pessoa é assim e pronto. Chegamos a aplicar rótulos a nós mesmos, por vezes. Colamos na testa um adesivo dizendo: Sou teimoso. Não pense em vencer qualquer discussão comigo. É uma auto-rotulagem, uma expressão de acomodação perante uma imperfeição, da qual, muitas vezes chegamos a nos orgulhar. Até mesmo os rótulos positivos são preocupantes.

Quando, por exemplo, aquele amigo que carregava em sua fronte o rótulo de bonzinho, faz conosco algo que mostra uma característica oposta a essa, vem a decepção. - Nunca esperava isso dele ou dela... – expressão típica de quem não conhece o outro em profundidade, e que preferiu ficar na superficialidade da rotulagem.

Todos ainda somos almas sendo automoldadas a todo instante...

Nem temos imperfeições fixas, eternas, que ficarão para sempre conosco, nem virtudes em grau de excelência, que não nos permitam o equívoco em situação alguma. Lembremos: rótulos são para potes de geléia, e não para pessoas.

( Momento Espírita - citação de Léon Tolstoi, extraída do livro Pensamentos para uma vida feliz..)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Neuroses Modernas

Vivemos hoje em uma sociedade apressada. Todos temos pressa e não temos tempo. Vivemos nossos dias na ânsia de tudo conseguir e na ansiedade de tudo alcançar. A Internet, o celular e os mais variados recursos tecnológicos nos facilitaram a vida, ao mesmo tempo que nos escravizaram. Já não perguntamos o endereço postal de alguém. Quem terá tempo de escrever uma carta, ir ao correio postá-la e esperar infindáveis dias até que ela chegue ao destinatário?

Assim, nossa caixa de correio enche-se de nada, pois repetem-se as correspondências comerciais sem significado algum. Há pressa, pois a velocidade do mundo parece ter mudado. Parece estar mais rápida, mais exigente, mais intensa. Somos encontrados a qualquer momento. Seja pelos telefones móveis que a cada dia agregam mais recursos, pela Internet, que nos liga a todos e a tudo (sem a opção de nos perguntar se desejamos ou não) ou por tantas outras possibilidades que a tecnologia cria a todo momento.

Sempre estamos sendo exigidos, questionados, sob demanda de algo ou de alguém...

Nesses dias de transição e de mudança, de adaptação e de aprendizado, muitos de nós nos sentimos aturdidos. Perdemos as referências, que foram atropeladas pelas mudanças sociais. Já não sabemos como agir ou por onde seguir. Como resultado, caminhamos inseguros, buscando cada qual defesas frente a tudo isso.

Por isso, são tantos os que se tornam violentos, com medo de serem violentados pela sociedade. Agridem verbalmente, algumas vezes indo às raias da violência física, mascarando o próprio medo ao impingir medo nos que os cercam. Outros, buscam fugir desse frenesi moderno fechando-se em si mesmos, em um egoísmo injustificado, preocupando-se apenas consigo e com os seus, abrindo mão dos valores da solidariedade, da fraternidade e da amizade.

Não são poucos aqueles que, preocupados no vencer e no ganhar das batalhas diárias, se desfazem dos valores morais, passando sobre tudo e sobre todos, não se importando em construir vitórias sobre dores, aflições e injustiças, pois as suas são apenas as preocupações pessoais.

Porém, vale lembrar que não importa a época que estamos vivendo. Desde sempre, todos os dias são abençoados pelos cuidados de Deus, que prevê a tudo e provê a todos nós.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sejamos raios de Luz...

A maior glória da alma que deseja ser feliz é transformar-se em luz na estrada de alguém.

O raio de luz penetra a furna, levando claridade. Estende-se sobre o vale sombrio e desata o verdor da paisagem. Atinge a gota d'água e a transforma em um diamante finíssimo. Viaja pelo ar e aquece as vidas.

Como a luz, podemos desfazer sombras nos corações e drenar pântanos nas almas. Podemos refazer esperanças e projetar alegrias.

Enfim, como raios de luz espalhemos brilho e calor, beleza, harmonia e segurança...hum rum !

(Momento Espirita)

domingo, 15 de janeiro de 2012

O BEM...


O bem é tudo quanto estimula a vida, produz para a vida, respeita e dignifica a vida. O bem é simples. A sua linguagem singela dispensa aparências.

Um sorriso a quem, em uma sala de espera, aguarda ansioso pela notícia de um parente hospitalizado...Um aperto de mão, uma flor a quem está triste. Um gesto de carinho inesperado...Uma palavra de conforto...A dádiva da amizade descompromissada...

Habituemo-nos a espalhar o bem, oferecendo ao mundo os nossos esforços a benefício de outras vidas...hum rum !

Tenhamos todos um abençoado dia de domingo e uma semana feliz e serena !

(Momento Espírita)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Rio, Cidade Maravilhosa...em Festa !


Registro aqui o aniversário de WENDY e HILLARY, essas encantadoras mocinhas da foto, que hoje completam 18 aninhos...Como comentei ano passado, as conheci ainda pequenas, travessas...hehehe ! Agora (mesmo que a foto não seja atual), tornaram-se moças lindas e apaixonadas pela vida, pela natureza, pelas aventuras...

Para as "gêmeas" do meu coração, desejo neste dia toda felicidade e saúde do mundo. Deus as abençoe meninas, mantendo-as no caminho do BEM, com perseverança e intuição, serenidade e humildade (acima de tudo), muita LUZ e muita PAZ !

Um beijo mega-hiper-ultra CARINHOSO para ambas...FELIZ ANIVERSÁRIO !
 

domingo, 8 de janeiro de 2012

A duração de um Arco-Íris


Se um arco-íris dura mais do que quinze minutos, não o olhamos mais...

A constatação é do filósofo alemão Goethe e representa muito do que vai na alma humana, nestes dias. Nós, da geração do imediato, do prático, do instantâneo, acabamos tendo dificuldade em nos demorarmos em qualquer experiência que seja, mesmo que prazerosa. Por que será que muitos de nós acostumamos com a beleza e, então, deixamos de contemplá-la? Por que será que muitos nos habituamos com as coisas boas que temos na vida e deixamos de valorizá-las?

Alguns não observamos mais as estrelas como se, depois de algum tempo, perdessem sua grandiosidade, seu mistério e deixassem de ser interessantes. Alguns esquecemos de olhar o pôr-do-sol. Afinal, ele acontece todo dia e talvez não nos surpreenda mais...Outros deixamos de admirar a esposa, o marido, os filhos, como se esses arco-íris, que temos ao nosso lado, perdessem suas cores ao longo da convivência. Alguns ainda deixam de se deslumbrar com a própria existência, após alguns anos de luta, esquecendo que cada dia é um novo milagre, uma nova chance, um novo arco-celeste multicolor.

De tão focados no trabalho e nas questões práticas da vida cotidiana, que aprendemos a ser, acabamos nos tornando grandes distraídos. Sim, distraídos no sentido de esquecidos, pouco atenciosos no que diz respeito às questões mais importantes da existência.

Por isso, em alguns momentos na vida precisamos parar tudo. Parar até de pensar tantas coisas ao mesmo tempo. As técnicas de meditação nos ensinam este valioso hábito: limpar a mente. Pensar numa coisa de cada vez. Pensar em algo por muito tempo, sem deixar que a mente fique pulando de galho em galho.

Precisamos aprender a observar cada arco-íris até o fim, saboreando esses instantes de maravilhosa beleza, sem deixar que passem, assim, correndo, ou tão rápido, como dizemos popularmente.

A pressa não é apenas inimiga da perfeição mas também da alegria, do deleite e das emoções verdadeiras...hum rum !

Tenhamos todos um abençoado domingo !

(Momento Espírita)
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