Boa noite pessoas ! Há alguns meses eu tenho este texto na "cabeça" mas, não me perguntem porquê, não conseguia postá-lo aqui. Quiçá tenha sido por falta de um tempo maior para sentar e escrever ou, então, o fato de que as coisas "pensadas" me emocionam, e muito...aí, fui deixando para depois...depois...depois...Agora é a hora...
Inegável que a perda de um ente tão querido, como no meu caso Mamãe Diva, mexe com a gente. Os últimos momentos passados ao seu lado estão gravados em minha memória, e permanecerão por meus últimos anos nesta vida carnal também. Lembro quando retornei para Curitiba, após minha separação, em 2002. Daqui a alguns meses serão 10 anos. Neste tempo e, principalmente, nos primeiros dois anos, Diva seguidamente me perguntava se eu estava bem. Creio que preocupava-se pelo fato de estar afastado fisicamente dos meus dois filhos, Rulian e Talita e, certamente, em relação à minha sobriedade.
Quando lhe falei, em 2003, que estava apaixonado novamente e iria conhecer uma mulher que conheci na net ela, à principio, ficou surpresa, assim como muitos de meus parentes. "Essa coisa" de Internet não dá certo "...diziam...Mas, ignorando todas opiniões e preconceitos, de mala e "cuia" como dizemos no Sul, parti um dia ao encontro desse amor, no Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, que há muito eu não visitava...
O que senti, o que vivi, o que guardei na memória e no coração, em relação à este romance, certamente é enredo para um ótimo livro, um excelente filme...Quem (amigos da Net e da vida real) acompanhou e acompanha a minha/nossa história, sabe bem do que estou falando. Sabem que Mônica foi a "divisora de águas" em minha vida. Quem um dia foi minha musa inspiradora para tantos sonetos e poemas, hoje é força motriz para meus dias.
Houve tempo de muito apego, da minha parte. Tempo de carência afetiva, de ânsia em falar com ela, uma necessidade absurda de transferir meus problemas (vejam bem, não dividir...transferir) para ela. Enxergava-a como uma rocha encravada em fortaleza inexpugnável, e necessitava loucamente ter aquela base sólida junto comigo, esquecendo-me por vezes de que ela era tão frágil quanto eu...humpft!...Já pedi perdão por isso, e fui perdoado...mas precisava "dizer-lhe" isso mais uma vez...
Hoje, lamento pelos tantos dias e meses que "perdi", ao seu lado, por simples birra e teimosia, um cadinho de ciúmes, e um tantão de incompreensão...Mas, sorrio e alivio meu coração, quando recordo as tantas outras vezes em que nos permitimos simplesmente voltarmos a ser adolescentes, nos longos passeios por Madureira, no Parque das Águas (com direito a foto "de abelhinha" e tudo...hehehe) em São Lourenço ou então pelas ruas do Campinho...estamos em constante sintonia, fina..."percebemos" quando algo de errado ocorre na vida do "outro"...foi Mônica quem "segurou" a barra na madrugada do dia em que Diva nos deixou...
Elas se falaram algumas vezes por telefone...Diva tinha um carinho muito grande por Mô, não descuidava em me exigir o uso da pulseira de aço que fizemos há anos atrás, com as letras iniciais de nossos nomes...Em várias ocasiões, Mô enviou "mimos" para Divinha, por Sedex, mimos estes que ela guardava com muito zelo e amor...Era recíproco esse carinho e cuidado !
Duas das mulheres de minha vida ! Duas almas generosas e sensíveis ! Dois amores, imortais !