Lembro que ouvi essa história pela primeira vez num curso da CEF que fizemos no Oeste de Santa Catarina, e foi contada por uma colega de Brasilia. Anos mais tarde, continuei a "usá-la" em algumas reuniões de equipe e também em treinamentos de merchandising. Hoje, ao passar pelo site do Momento Espírita, por acaso (???) acabei me deparando com ela...ei-la :
Conta-se que, certa vez, um homem muito maldoso resolveu pregar uma peça em um mestre, famoso por sua sabedoria. Preparou uma armadilha infalível, como somente os maus podem conceber. Tomou de um pássaro e o segurou nas mãos, imaginando que iria até o idoso e experiente mestre, formulando-lhe a seguinte pergunta: Mestre, o passarinho que trago nas mãos está vivo ou morto?
Naturalmente, se o mestre respondesse que estava vivo, ele o esmagaria em sua mão, mostrando o pequeno cadáver. Se a resposta fosse que o pássaro estava morto, ele abriria as mãos, libertando-o e permitindo que voasse, ganhando as alturas. Qualquer que fosse a resposta, ele incorreria em erro aos olhos de todos que assistissem a cena.
Assim pensou. Assim fez.
Quando vários discípulos se encontravam ao redor do venerando senhor, ele se aproximou e formulou a pergunta fatal. O sábio olhou profundamente o homem em seus olhos. Parecia desejar examinar o mais escondido de sua alma, depois respondeu, calmo e seguro:
O destino desse pássaro, meu filho, está em suas mãos.
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A história pode nos sugerir vários aspectos. Podemos analisar a maldade humana, que não vacila em esmagar inocentes para alcançar os seus objetivos. Podemos meditar na excelência da sabedoria, que se sobrepõe a qualquer ardil dos desonestos. Mas podemos sobretudo falar a respeito da destinação humana, ainda tão mal compreendida.
Normalmente, tudo se atribui a Deus, à Sua vontade: as doenças, a miséria, a ignorância, a desgraça...Ora, se Deus é de infinito amor e bondade, conforme nos revelou Jesus, como conceber que Ele seja o promotor do infortúnio? A vida nos é dada por Deus mas a qualidade de vida é fruto das ações humanas.
Se o mal impera, é porque os bons se omitem, de forma tímida, permitindo o avanço acintoso daquele. A mão que liberta o homem da desgraça é a do seu semelhante, o mais próximo que se lhe situe. Assim, o destino de nossa sociedade é o somatório de nossas ações.
Filhos de Deus, criados à Sua imagem e semelhança, exercitemos a vontade, moldando nossa destinação gloriosa, bem como influenciemos positivamente as vidas dos que nos cercam...hum rum !
(Momento Espírita - base no artigo de Richard Simonetti - Revista Reformador)