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"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante..." (Caio F. Abreu)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015


Boa Noite Pessoas !

Hoje, no trabalho, a Joice, amiga promotora, que pelas manhãs compartilha o mesmo busão que eu na ida ao trabalho, me perguntou se postaria uma foto sua no Blog. Disse-lhe que sim, e que tentaria criar um texto para acompanhar a imagem. Ao lado dela, e sempre de ouvidos bem atentos, a Telminha, essa figura chata...hahahahaha (também promotora) que às vezes tenho que cutucar para não perder o ponto de descida (como dorme a dita cuja), acompanhou a conversa e disse que faria uma selfie com a Joice...tá aqui então, a selfie...mas o texto, não criei. Decidi postar uma crônica chamada "Canção das Mulheres" da Lya Luft. Com ela, homenageio não só essa dupla querida, mas também todas as minhas amigas e colegas promotoras de vendas, filhas, esposas, mães, batalhadoras incansáveis que merecem o mimo. Um beijo à todas !

Ps: Telma, a morena, e Joice, a Loirão....hehehehehe
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Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. 


Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta. 

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor. 

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso. 

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes. 

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais. 

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida. 

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize. 

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire. 

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso. 

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

Lya Luft

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015


Quantos dias são necessários para se construir uma amizade?
Em quantos anos se consolida um grande amor?
Muitas vezes imaginamos que tudo podemos cronometrar, que o tempo é um só.
Temos a ilusão de que o tempo marcado pelo relógio pode dar conta de todas as coisas da vida.
É verdade que os segundos, formando minutos e compondo as horas são o cronômetro de nossas horas de trabalho, a referência de nossos encontros, a contagem do iniciar e acabar de nossos compromissos.
Porém, quando a contagem fica por conta do coração, o tempo ganha outra dimensão, e os segundos pouco significado trazem.
Quanto tempo é suficiente para se ficar ao lado de quem se ama?
Qual a duração do tempo, quando no convívio de amigos e almas queridas a nos encherem de alegria?
Por outro lado, por que as horas se fazem tão lentas nas dificuldades, dores e problemas?
Percebemos assim que o tempo de nossa intimidade não se mede com os cronômetros frios e impassíveis.
Para as coisas do coração, é necessário o tempo das emoções, e para este, não há relógio ou cronômetro capaz de cronometrá-lo.
Nestes dias de imediatismo intenso, de velocidades medidas pelo suceder de mensagens eletrônicas e postagens de imagens e textos na internet, muitos nos confundimos em nossas emoções.
Achamos que o grande amor acontecerá rapidamente, que as amizades se consolidarão de imediato, que sentimentos que desejamos em nossa intimidade brotarão na velocidade de alguns cliques.
Esquecemos que o mundo apenas conseguiu acelerar as velocidades da comunicação, da troca de informação, dos contatos intercontinentais.
Porém, nosso coração continua a processar emoções do mesmo modo que o fez com o homem na Grécia antiga, na Idade Média, no Iluminismo.
Para se ter um grande amor, é necessário o seu próprio tempo.
Para que uma grande amizade se consolide, faz-se fundamental dar a ela o seu tempo.
Porém não esse tempo dos segundos, do relógio.
É necessário o tempo da construção das emoções. Do investimento e da consolidação dos sentimentos, que se faz no seu próprio e incontornável tempo.
Na ansiedade de se ter tudo de imediato, muitos abandonam relacionamentos, desiludidos, achando que esses deveriam se fazer fáceis, sem muitos esforços.
Tantos desistem de aprofundar sentimentos porque esses não respondem e não se desenvolvem nas mesmas velocidades imediatas do mundo externo.
E assim procedendo, abrem mão da preciosa oportunidade das conquistas de novas paragens nos campos da emoção.
Grandes amores, amizades consolidadas se fazem e se constroem sob a sombra dos embates, das renúncias, da dedicação, da abnegação e da solidariedade.
E esses sentimentos nobres são colecionados na esteira do tempo, através das experiências e das oportunidades.
Enquanto não nos permitirmos isso, teremos na nossa intimidade apenas vaga ideia, e um idealismo distante dos grandes sentimentos capazes de preencher nossa alma.
Pensemos nisso e invistamos no tempo do coração.
(Momento Espírita)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015



Somos aquilo que pensamos e fazemos, da forma que for, certo ou errado, caindo e levantando, rindo e chorando, sonhando ou vivendo a realidade nua e crua do cotidiano. Estar aqui neste meu cantinho após um longo período de "estiagem", é voltar ao passado mas, também, viver o presente, e perceber que algumas coisas não mudaram, desde as primeiras postagens. Li muitas das minhas "histórias", muitas das reflexões do Momento Espírita...e foi muito bom !

Perto de completar 100.000 visualizações (quem diria ?), creio que é chegado o momento de retornar aos poucos, mesmo que a visão já não seja a mesma e os óculos tampouco apropriados para longas delongas  (caráca, isso ficou redundante ?...hehehe).

Hoje, com a greve de ônibus ainda em curso em Curitiba (pode estar certo(a) que os empresários não estão nem aí, já que as passagens vão subir podes crer), fiquei impossibilitado de resolver alguns assuntos pessoais. Então, resta-me o consolo de escrever um pouco. Mas falar do quê ? Há tanto a escrever...

Mas hoje, vou postar uma parte de um texto do Momento Espírita que gosto muito, e senti "na carne" quando estive agorinha com meus filhos, seus amores, meus amigos, e minha neta Ana Clara em Floripa...o título é : Quando eu ficar velho !...

Um abençoado dia para todos nós !

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Para ser velho não precisa ser idoso, basta fechar-se na concha escura do egoísmo, dos preconceitos, da vilania, do orgulho.
Existem pessoas de pouca idade que estão com a alma enrugada pela corrupção, pela prepotência, pela soberba, pela violência interna, pela deslealdade, pela depressão.
São jovens na idade mas esclerosados nos sentidos.
Não estão dispostos a renovar atitudes, a aprender novas lições, a libertar-se dos preconceitos e dos vícios aos quais se acorrentam cada vez mais.
Têm corpo jovem e mente envelhecida, cristalizada em idéias das quais não abrem mão.
Dessa forma, podemos entender que juventude e velhice são estados d’alma, independentes da idade cronológica.
Jovem é todo aquele que tem disposição de viver, de crescer, de rever atitudes e aprender sempre.
Jovem é quem tem esperança, quem aposta na vida, quem enfrenta desafios com um sorriso nos lábios e fé no futuro.
Pense nisso!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Aceitação...



Quando precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o primeiro impulso que temos é o de ser resistente à nova situação. É difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade financeira, a doença, a humilhação, as traições. A nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos contraria e que nos gera sofrimento.
Agindo assim, estaremos prolongando a situação. Resistir nos mantém presos ao problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando tudo mais complicado e pesado. Em outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por vezes, nos entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta, tristeza, culpa e indignação.
Todas essas reações são destrutivas e desagregadoras.
Quando não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos. Esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades e nos impedem de enxergar as soluções. Pode parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil, estamos desistindo de lutar e sendo fracos. Mas não. Apenas significa que entendemos que a existência terrestre tem uma finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que a luta deve ser encarada com serenidade e fé.
Na verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com equilíbrio e sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta, devemos começar admitindo a nova situação. A aceitação é um ato de força interior que desconhecemos. Ela vem acompanhada de sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a luta. É detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.
Existem inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle. Resta-nos então acatá-las. É fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir, mas sim manter-se lúcido e otimista no momento necessário. No instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que foram criadas por nós mesmos e as soluções surgem naturalmente.
Aceitar é exercitar a fé. É expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e alívio. É manter uma atitude saudável diante da vida.
É nos entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer...hum rum !

(Momento Espírita)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Daí tchê...

 
Daí tchê !
 
No sábado de noitinha, um monte de chinocas e guris lá das Querências do Rio Grande, do Sul, da querida e saudosa Santa Maria, arrumavam-se para mais uma festa buenacha. As chinocas arrumaram suas melenas, colocaram água-de-cheiro, enquanto os guris depois de se afeitarem, vestiram suas fatiotas e, todos, chamaram seus cupinchas. Num upa estavam todos lá, na Boate Kiss prontos para dobrar o cotovelo, charlear bastante...talvez alguns ficassem à meia guampa...

Oigalê ! Começou o entrevero, fogo no palco, fumaça, a laço e espora todos procuravam o achego do lado de fora da tal Boate...e daí por diante todos viraram manchetes de jornais e telejornais.

O que vimos e ouvimos a partir do domingo de manhã, é algo que dificilmente esqueceremos enquanto formos vivos (materialmente falando). Um desfile de imagens e depoimentos, vídeos (alguns desprovidos de qualquer sentido), um repetir de perguntas sem nexo algum e, acima de tudo, promessas e mais promessas de que doravante as coisas vão mudar, que as leis serão cumpridas, que o bom senso enfim retornará às cabeças e ações de governantes, de empresários, de muitos...quiçá de nós mesmos que, infelizmente, convivemos com a impunidade e damos de ombros para ela. Afinal, só mesmo quando somos vítimas de alguma coisa, nos mexemos, nos revoltamos, soltamos a voz.

Triste isso. Viventes carentes de uma visão mais ampla, somos !

Hoje assisti a uma entrevista com um dos componentes da tal Banda que gerou toda essa confusão, que causou o desencarne de tantos meninos e meninas. Ele disse : ..." eles pareciam animais, pulando uns sobre os outros...". Alguém já viu um incêndio na floresta ? Viu como os animais procuram proteção e sobrevivência ? Lá, os terrenos são imensos, todos conseguem correr buscando se salvar, sem necessidade de se "amontoarem" (desculpem-me...). Mas, numa Boate de medidas pequenas, onde deveriam haver no máximo 1000 pessoas (como dizem), o que deveriam fazer mais de 1500 seres humanos ? Uma única saída (que na realidade era a mesma entrada), banheiros minúsculos, tetos forrados com espuma (de facílima combustão)...humpft !

Estou jururu, de coração ! O Patrão-Velho resolveu levar para seu convívio essa garotada, deixando um rastro de saudades e dor, que podem ser amenizadas com nossas preces e nossa solidariedade. É o mínimo que se espera de quem é filho, irmão, pai, avô, amigo, de alguém...
 
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A vida não passa de uma oportunidade de encontro; só depois da morte se dá a junção; os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace.
(Victor Hugo)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal, 2012...

 
Boa noite pessoas !
 
Em primeiro lugar, desejar a todos meus amigos e amigas, parentes e afins, um FELIZ NATAL. Que nesta data possamos refletir sobre as decisões que tomamos no ano que está findando. Que possamos estar juntos, ou não, daqueles que amamos. Aos que estiverem próximos, um abraço carinhoso, um beijo, quiçá um presentinho. Para os que não estiverem tão perto, muitos mais abraços, mais beijos, mais desejos de felicidade, e muito, mas muito mais, AMOR !
 
Que o verdadeiro sentido do NATAL chegue aos nossos corações. Festas, fogos, alegorias, alguns exageros etílicos e gastronômicos, vai lá...Mas não deixemos que isso faça com que esqueçamos daqueles menos providos de recursos. Dos irmãos e irmãs, reféns das drogas que neste exato momento perambulam pelas ruas de nossas cidades. De nossos irmãos e irmãs que se encontram em leitos de Hospitais e Clínicas, distantes de seus entes queridos. Não esqueçamos, jamais, dos ensinamentos daquEle que logo logo estaremos comemorando o aniversário de nascimento. Sua vinda para junto de nós, há mais de dois milênios, teve um propósito primordial : PAZ ! E para legar essa Paz aos povos, Ele doou de si o melhor, ofereceu sua própria vida, e nada pediu em troca. Doou Amor, e pediu que os homens se amassem.
 
Somos homens de pouca fé...somos sim ! Ainda guardamos no coração muita raiva e rancor, sentimentos que só machucam, que nos fazem mal. Mas, mesmo sofrendo (por vezes), seguimos a caminhada carregando fardos pesados de intolerância, de preconceito, de mágoas, de tristezas infundadas, de soberba...fardos pesadíssimos, que poderiam ser deixados na estrada...
 
Hoje, assistindo TV, um ator da Globo comentou : porquê somente no Natal comemos rabanada ? Não poderíamos comer todas as semanas do ano ? Completo : porquê somente no NATAL deixamos que o espírito de fraternidade e bondade nos invadam a alma ? Porquê não agirmos assim o ano inteiro ? Ainda bem que existe UM dia no ano em que, verdadeiramente, nos tornamos filhos de DEUS, irmãos de JESUS...
 
Ia postar com uma imagem Natalina...hum rum ! Porém, a imagem que ilustra esta postagem é de minha neta. Foi o melhor presente que poderia receber em 2012. Deus abençoe minha nora Dominique por me tornar avô. Recebi dela, o melhor presente de minha vida até agora. Deus abençoe meus filhos, Rulian ( o pai coruja da foto) e Talita (você também é princesinha do Pipai tá ? ). Deus abençoe e guarde ao seu lado, aos seus cuidados, os meus entes queridos que partiram, e também aqueles que se foram pro andar de cima e me eram caros. Quem sabe alguns deles já estão "retornando" do mundo espiritual, ou estejam próximos de fazer a viagem de volta...
 
Aos meus irmãos, meu carinho e meu AMOR, sem medidas ! Ao PAI CELESTIAL, uma prece:
 
Concedei-me SENHOR, a Serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar...Coragem, para mudar aquelas que posso e Sabedoria para distinguir umas das outras...Assim seja !

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Mudança de Hábito


Bom dia pessoas. 

Não ! Não vou falar sobre o filme com a magnífica Whoopi Goldberg (ou, no caso, Deloris Van Cartier, seu personagem). Na real, se fosse "falar", teria que ser muito (haja visto o tempo que não posto nada meu). Mas vou deixar isso para um momento oportuno, quando conseguir adquirir um novo PC ou um Pczinho, o trem que nóis chama de Nótibuque...hum rum !

A mudança de hábito, no caso, é o desapego a esta parafernália internáutica que ronda nosso cotidiano e, por vezes, nos torna reféns de suas nuances. No meu trabalho, diariamente, me quedo perplexo com a capacidade de algumas pessoas em teimarem por utilizar seus fones de ouvido, devidamente agregados aos estupendos celulares, super/hiper/mega/ultra modernos, mesmo sabendo que teremos que "cutucá-los" nas costelas para que sejamos ouvidos quando os interpelamos. Ou, então, é o som alto que extravasa dos dito cujos auriculares e me fazem refletir sobre a capacidade auditiva dos "ouvintes". 

E toma mensagens daqui pra lá, e de lá pra cá. Isso quando não constato que estão mesmo é "navegando" nas redes sociais e escrevendo : Gente, tô trabalhando demais !...Trabalhando ??? A coisa mudou de nome. Ou então eu envelheci nos últimos anos mais do que desejava...Humpft!

Quando o meu (quer dizer, do meu sobrinho) PC faleceu, após algumas intervenções "cirúrgicas" do Bruno e do Rodrigo, imaginei que, assim como num passado não muito distante, iria ficar doidinho da Silva. Que voltaria a roer as unhas (coisa que não faço há mais de 10 anos), que perderia o sono, que sentiria falta de me "plantar" horas e horas na frente da telinha para "navegar em mares" acolhedores, sejam eles os "braços" de amigos distantes (ou não tão distantes assim), de sites espiritualizados (que muito gosto) ou simplesmente como forma de entretenimento. Nada aconteceu. Não sucumbi, não tive recaídas, passei a dormir melhor e dedicar meu tempo à leitura e reflexões, assim como voltei a ser "noveleiro". Aliás, Salve Jorge !

Claro que sinto falta deste meu cantinho. Um dia, pretensiosamente, me imaginei escritor...um livro completaria o meu ciclo (aquele : plantar uma árvore, ter um filho, escrever um livro...). Desisti. Não tenho culhões suficientes  nem verborragia idem. Me contento em vir aqui e escrever da forma que sei, certa ou errada. Afinal, tem "coisa" muito pior por aí na Net e, pasmem: são sucesso de público ( hum ???). 

Sinto falta de "conversar" com os amigos e entes queridos. Só que, agora, o faço pelo telefone ou mesmo pessoalmente. Já que falei em novela, em Lado a Lado, nesta semana, foi o que Isabel disse para Laura : Que saudades de você, de ouvir sua voz...

Tenho "conversado" comigo mesmo, também. Há muito que precisava de um tempinho para o véio Fernando. Há muito precisava de tempo para análises e projeções. O tempo (sempre ele) vai passando, os anos vão tornando os ossos mais frágeis, o coração menos pulsante, o cérebro menos eficaz, os sonhos menos realizáveis...É a LEI natural das coisas e criaturas. Não que isso seja uma aposentadoria precoce, não ! Ou que meu coração esteja fraquejando (tá, tudo bem, confesso : um tiquinho de sopro, uma certa arritmia...mas é normal)...hehehe ! 

É a constatação do óbvio ululante ! Não somos eternos e, urge, façamos de nossas vidas jornadas melhores e mais prazerosas. "Navegar", ler, escrever, ouvir e (quem tem Webcam), até ver, é bom gente. Não condeno. Mas    sentir o calor e força de um abraço, um aperto de mãos firme (ou um toque carinhoso só..), aquele beijo estalado  na bochecha ou, o outro, roubado ou não, em saboroso lábio, caráca" ! É muito melhor, mesmo. Hoje, após os últimos meses, não me imagino trocando a companhia de um amigo (ou amiga), de um ente querido, seja "in loco" ou por telefone, por "viagens" que nem sempre me agradam, no mundo virtual.

Finalizando, meu carinho e beijo para a querida amiga Neidinha. Seus telefonemas sempre vêm em boa hora. Desculpa aê o sumiço...hehehe !

sábado, 10 de novembro de 2012

Decepções



Você já teve alguma decepção na vida?
Dificilmente alguém passa pela existência sem sofrer uma desilusão, ou ter alguma surpresa desagradável em algum momento da caminhada.
Podemos dizer que o sabor de uma decepção é amargo e traz consigo um punhal invisível que dilacera as fibras mais sutis da alma.
Isso acontece porque nós só nos decepcionamos com as pessoas em quem investimos nossos mais puros sentimentos de confiança e amor.
Pode ser um amigo, a quem entregamos o coração e que, de um momento para outro, passa a ter um comportamento diferente, duvidando da nossa sinceridade, do nosso afeto, da nossa dedicação, da nossa lealdade...
Também pode ser a alma que elegemos para compartilhar conosco a vida, e que um dia chega e nos diz que o amor acabou, que já não fazemos mais parte da sua história... que outra pessoa agora ocupa o nosso lugar.
Ou alguém que escolhemos como modelo digno de ser seguido e que vemos escorregando nas valas da mentira ou da traição, desdita que nos infelicita e nos arranca lágrimas quentes e doloridas, como chama que queima sem consumir.
Enfim, só os nossos amores são capazes de nos ferir com a espada da decepção, pois os estranhos não têm esse trágico poder, já que seus atos não nos causam nenhuma impressão.
Assim, vale a pena algumas reflexões a esse respeito para que não nos deixemos atingir pela cruel espada da desilusão.
Para tanto, podemos começar levando em conta que, assim como nós, nossos amores também não são perfeitos.
E que, geralmente, não nos prometem santidade ou eterna fidelidade. Nunca nos disseram que seriam eternamente a mesma pessoa e que jamais nos causariam decepções.
Nós é que queremos que sejam como os idealizamos.
Assim nos iludimos. Mas só se desilude quem está iludido.
Importante que pensemos bem a esse respeito, imunizando a nossa alma com o antídoto eficaz do entendimento.
Importante que usemos sempre o escudo do perdão para impedir que os atos infelizes dos outros nos causem tanto sofrimento.
Importante, ainda, que façamos uso dos óculos da lucidez, que nos permitem ver os fatos em sua real dimensão e importância, evitando dores exageradas.
A ilusão é como uma névoa que nos embaraça a visão, distorcendo as imagens e os fatos que estão à nossa frente.
E a decepção nada mais é do que perceber que se estava iludido, enganado sobre algo ou alguém.
Assim, se você está amargando a dor de uma desilusão, agradeça a Deus por ter retirado dos seus olhos os empecilhos que lhe toldavam a visão.
Passe a gostar das pessoas como elas são e não como você gostaria que elas fossem.
Considere que você também já deve ter ferido alguém com o punhal da decepção, mesmo não tendo a intenção, e talvez sem se dar conta disso.
Por todas essas razões, pense um pouco mais e espante essa tristeza do olhar... Enxugue as lágrimas e siga em frente... sem ilusões. 
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Aprenda a valorizar nas pessoas suas marcas positivas.
Lembre-se de que cada um dá o que tem, o que pode oferecer.
Uns oferecem o ácido da traição, o engodo da hipocrisia, o fel da ingratidão, pois é o que alimentam na alma.
Mas, seja você a cultivar em seu jardim interior as flores da lealdade, do afeto, da compreensão, da honestidade, para ofertar a todos aqueles que cruzarem o seu caminho.
Seja você alguém incapaz de ferir ou provocar sofrimentos nos seres que caminham ao seu lado.
Um abençoado fim de semana para todos nós !

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Os primeiros "passos"...


Boa noite pessoas !

Hoje estava de folga (raridade...humpft). O dia quente por demaissssssss, aquela malemolência própria de dias assim, sem muito o que fazer, além de cozinhar é claro...hehehehe ! De manhã cedinho escutava a melodia de inúmeros pássaros que povoam nossas redondezas. Muitos deles ficam aqui bem pertinho, um ou outro em cima do telhado da garagem, no muro de casa, na árvore em frente...Sons variados, mais especificamente das sabiás-laranjeiras e bem-te-vis que são a maioria.

Lá pelas dez da matina, reparei num pardalzinho aqui no páteo externo. Dava uns pequenos voos e não saía do local. Isso me chamou a atenção mas, como estava saindo para as compras, deixei pra lá...

Depois de almoçar, ao fechar a cortina de meu quarto, reparei que o pequeno pássaro continuava por ali. Saí então na tentativa de ver se auxiliava o passarinho na sua busca de "liberdade", posto que imaginei ser o mesmo ainda novinho, recém saído do ninho e em sua primeira tentativa de voar pelo céu azul. Me aproximei mas não fiz nenhum outro movimento. Fiquei espiando : o pequerrucho tentou mais uma vez, outra, e nada...ia de um lado pro outro do terreno sem alcançar o muro (alto) que rodeia a propriedade.

Porém, tudo na vida é força de vontade e instinto de preservação. Noutra tentativa, ele voou até o portão da garagem, ficou em cima do trinco de abertura ( à meia altura do muro) e, zummmm ! Conseguiu transpor o muro e, acompanhando o seu voo, "aportar" numa árvore na casa em frente à nossa. Lá, certamente, era o ninho do guri (ou seria guria ????...hehehe). Retornei para meu quarto feliz. Nada como a perseverança para nos mostrar que os "caminhos" são tortuosos por vezes, mas não intransponíveis. 

Ou é diferente quando nossos "pequenos" iniciam seus primeiros passos ? Engatinhando, sentando, aos poucos segurando-se em móveis e paredes e, de repente, zummmmmmm...estão em pé, tentando caminhar sozinhos, vislumbrando braços ansiosos do outro lado a dizer : vem bebê, vem com mamãe (ou papai, vovó, vovô...). Tentam, e lá vão eles de bundinha no chão....hehehehe ! Mas seguem tentando, perninhas tortas, passinhos atravessados, mas seguem...e conseguem ! 

E aí, tornam-se pela primeira vez VENCEDORES !

Que diferente seria, nosso mundão de Meu Deus, se todos seguissem assim vida afora : Vencedores ! Que jamais desistissem de tentar, de buscar seus sonhos, de conquistar suas vitórias "suadas", sem tréguas, sem choros demasiados (só os suficientes para limpar os olhos e as almas)...Que mantivessem sua fé em uma força Superior, capaz de nos auxiliar em todos os momentos de dificuldade. Que fossem "provados", testados, até à dor : isso faria com que tirassem lições dos erros e aprendessem que nem tudo são flores à beira do caminho.

Os primeiros "passos" são importantíssimos, em todos os sentidos. Sei bem do que falo e escrevo...

Um abençoado fim de dia para todos nós !

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Saudades de Diva...


Boa noite pessoas !

Hoje, mamãe completaria 78 primaveras. Nos deixou ano passado, dias após completar 77 anos. A saudade que todos sentimos da sua presença física é incomensurável. Habitando uma esfera superior, sendo "tratada" por seus mentores espirituais, sabemos que de lá Diva nos inspira para continuarmos a caminhada com perseverança e fé, com união e Amor. Na foto, exceto meus filhos que não puderam estar presentes, comemorávamos seus 75 anos. Filhos, nora, genros, netos e bisnetas...

Um poema para ti Mãe querida, com meu beijo carinhoso e o desejo de que te mantenhas em vibrações constantes por nós, que cá permanecemos, e muito te Amamos...hum rum !

Para Sempre

Por que Deus permite que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento.

Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio. Mãe, na sua graça, é eternidade. Por que Deus se lembra - mistério profundo - de tirá-la um dia? Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei: Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho.

(Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A melhor parte de Amar...


As declarações de amor revelam muito do que vai em nossa alma. Por vezes elas nos descrevem com perfeição. Elas contam se somos possessivos ou ciumentos, se deixamos espaço para o outro crescer como indivíduo ou não. Por exemplo, quando somos enfáticos demais no Eu preciso de você; no Não consigo viver sem você, revelamos, mesmo sem querer, que nosso amor é mais carência do que doação.

Amar o outro, tendo, como razão e sustento desse amor, tudo aquilo que o outro nos dá, isto é, tudo que recebemos do parceiro, é certamente um amar frágil, que pode não se manter por muito tempo. Basta que o outro não mais nos forneça o que estava nos oferecendo, que não mais atenda nossas expectativas, para que todo aquele dito grande amor desapareça, como em um passe de mágica.

Recentemente, ouvimos uma declaração de amor que nos chamou a atenção, por apontar uma direção um pouco diferente da comum. Dizia assim:
A melhor parte de amar é ser o alguém de outra pessoa, e eu quero ser este alguém, o seu alguém...

Vejamos que o princípio por trás da frase é diferente, e bastante nobre. Muito mais compatível com o verdadeiro sentido do amor, o amor maduro. Querer ser o alguém da outra pessoa é identificar que o outro também tem expectativas, que também quer ser amado, e se colocar na posição de dar-se ao outro, e não só na de receber, o que é bastante egoísta.

As jovens e os jovens, em determinada idade, quando das primeiras paixões, chegam a fazer listas de exigências. Como ele ou ela precisam ser para ganhar o meu coração?...Notemos que, em momento algum, consideramos que o outro também tem sua lista, suas expectativas. Pensamos apenas em preencher a nossa, o que eu quero, o que eu sonho. Mas e o outro? Não tem sonhos? Será que podemos atender aos anelos da outra pessoa? Será que preenchemos a lista dele ou dela? E que esforços fazemos para isso?

Assim, querer ser o alguém do outro é levar tudo isso em consideração sempre, e não apenas exigir e exigir constantemente. Nesse nível de amor perceberemos que o que nos completa, o que nos faz feliz numa relação, é também o quanto fazemos pelo outro, o quanto nos doamos à outra pessoa. Dessa forma, esse patamar de amor nunca nos fará frustrados.

Precisamos enxergar a tal via de mão dupla das relações amorosas, através de uma nova perspectiva, mais inteligente e mais altruísta. Querer ter outra pessoa ao lado, apenas para nos preencher, como se diz, é muito perigoso e frágil. A relação a dois é muito mais do que isso.

Amar precisa sempre vir antes do ser amado. É o amar que nos fará grandes no Universo e não o ser amado. Foi o amar de tantos Espíritos iluminados que garantiu que a Terra continuasse a existir, e não sucumbisse por inteiro nas mãos do orgulho e do egoísmo.

Que eu procure mais amar do que ser amado, pois é dando que se recebe...

(Momento Espírita)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Setembro, e eu...(parte II)


Boa noite pessoas !
Como escrevi ontem, este mês é muito marcante em minha vida. Além de ser o início da Primavera, a estação do ano que mais gosto, sempre esteve presente em minha vida, das formas mais variadas possíveis, quer fossem ou sejam de alegrias, e de algumas tristezas também...mas, como diria Moniquinha, a vida é cíclica e vamos caminhando conforme nos é ditado pelo Alto...

Em setembro de 1989 eu mudei para Florianópolis, após minha família já estar instalada no Estreito desde Maio do mesmo ano. Houve demora na minha transferência pela Caixa. Só eu sei o que passei nos longos e quase cinco meses até a concretização de minha mudança. Meus filhos eram pequenos ainda, e sentia uma saudade apertada (apesar de visitá-los todos fins de semana). Devo ter mais horas de estrada Curitiba/Floripa do que muito motorista...hehehe !

Floripa era um "mundo novo", de mudanças e muitas oportunidades profissionais. Mas, apesar de saber que poderia alcançar cargos mais elevados na empresa, o que me motivou na mudança foi o fato de estar mais próximo do mar, da natureza, de muitos amigos que já fizera por lá. Na Caixa, não almejava nada muito a curto prazo, satisfazendo-me com as atividades em uma Agência (Beira-Mar Norte) e o horário das 10:00 às 16:00 horas. Pensava assim ter mais tempo para a família e o lazer...ledo engano ! Quem me conhece sabe que não fujo às minhas responsabilidades e nem nego desafios. E assim ocorreu, mais rapidamente do que podia imaginar. Em poucos meses na cidade nova, já era elevado ao cargo de Gerente de Núcleo, com atribuições ainda de Eventualidade na Chefia de Divisão...era só o início de alguns anos de muito suor, dedicação extrema e viagens...muitas viagens...

Mas, isso é assunto para mais adiante...

Hoje, vim aqui para agradecer à uma pessoa, mais especificamente à uma MULHER...assim mesmo, com M maiúsculo. Uma Mulher que mudou minha vida, que a transformou de uma vida de sonhos sem fim, em uma realidade palpável. Que me mostrou o caminho da segurança e da resignação. Que me fez sofrer também, com ataques de ciúmes e possessão, sentimentos que eu até então abominava...caráca, muito cruel isso...hum rum ! Péra, deixa melhorar isso : eu comecei a sentir ciúmes e ter acessos de possessão...ficou claro ? Hehehehehe...

Mônica entrou em minha vida quando eu mais necessitava de palavras amigas, de conforto espiritual, de uma voz a me mostrar o caminho a seguir. No momento em que eu precisava de alguém para me dizer : Nando, você está errado, deixa de sonhar alto, deixa de ser tão presunçoso, deixa de lado esse orgulho besta...Rimos muito juntos. Dizem que as pessoas que nos fazem bem são aquelas que conseguem arrancar gargalhadas de nossas bocas e almas. Choramos juntos, igualmente. Ainda choramos...por qualquer lembrança mais profunda, pela perda de nossos entes queridos...não costumamos represar as lágrimas. Isso é muito importante...

Nos perdoamos por erros cometidos. Nos amamos em silêncio, muitas vezes. Em algumas ocasiões nossa cumplicidade e sintonia eram tamanhas,  que costumávamos ficar boquiabertos com o desenrolar dos fatos. Já ouvi e li muito sobre almas gêmeas. Prefiro ainda crer no reencontro de almas afins. E, assim, foi desde o primeiro dia em que pisei na sala de sua casa, confrontando-me com pessoas e ambientes que, tenho certeza, já haviam feito parte de uma outra vida minha...

Voltamos para aparar algumas arestas, para aprimorar nossa espiritualidade, para nos permitirmos um maior conhecimento de nós mesmos...Hoje, completam-se 10 anos que "conheço" Mônica. Já nos falávamos pela internet desde Junho de 2002 mas, foi em 12 de setembro de 2002 que nos enamoramos. Nesta década de relação, o que guardo no peito é a certeza de que a Amo, muito, e sei que sou Amado. Faço parte de suas orações diárias, e ela das minhas. Desejo-lhe a felicidade plena, a mesma que ela me deseja. Eu, cá em Curitiba, ela no Riozão de Janeiro mas, ambos, unidos por uma mesma Lua Cheia, que surge abusadérrima no mesmo céu que admiramos.

Um beijo carinhoso e amoroso MCCD. Deus te abençoe! Força e Fé, sempre...tá ?

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Setembro, e eu...(parte I)


Boa noite pessoas ! Muito tempo sem vir aqui, neste cantinho de reflexão...problemas com o PC, ainda. Por isso resolvi "emprestar" o super/mega/hiper/ultra PC do sobrinho para poder postar, já que Setembro é um mês especial para mim...tanto para falar...

Primeiramente, pedir desculpas a alguns amigos que ficaram sem notícias minhas e, mesmo assim, se permitiram vir aqui ler minhas postagens e deixar comentários. Prometo responder o mais breve possível. Muitas saudades de minhas "meninas" Marília e Cris...humpft ! Hoje as encontro no Facebook, mas não é a mesma coisa. Até porque lá, invariavelmente, nossas páginas são recheadas de "convites" para isso, para aquilo...postagens "replicadas", muitas delas sem nexo algum, ou de mal gosto. Não gosto muito daquele ambiente não, sou sincero. Mas, como se tornou local de encontro com meus amigos e, principalmente, com meus filhos amados, dou uma espiadinha, respondo (mesmo sem poder teclar direito) e a vida vai seguindo seu rumo.

Falava na introdução que setembro é um mês especial...hum rum ! É sim ! Foi em setembro que casei (aliás no dia de hoje...) e daí vieram Rulian e Talita, meus grandes amores (logo chega meu amorzinho). No mesmo mês, nasceu Diva, minha saudosa mãe...dia 14 ela faria 78 anos. Nos deixou fisicamente no dia 22 deste mesmo mês, há um ano. No dia 12, amanhã, completam-se 10 anos que conheci Mônica, a pessoa que mudou radicalmente minha vida. Tanto falei dela por aqui...e creio que ainda vou falar, pelos próximos anos.

Falando dela, Mônica, estou lhe devendo muitas palavras, principalmente de consolo pela perda de seu pai no mês de Junho passado. Dr. Roberto era um Homem muito especial, em tudo que fazia. Probidade e lealdade, justiça e honestidade, sinceridade e dedicação, amor e alegria pelo trabalho e pela família...esses eram seus predicados, no meu sincero modo de ver. Nunca disse à Mônica como eu me sentia quando, em sua casa, via Dr. Roberto chegar de terno e gravata, cansado da labuta, porém com uma altivez a toda prova. Nele, enxergava o Fernando de outrora, quando igualmente extenuado da jornada na Caixa, eu adentrava ao lar e olhava para os olhos de meus filhos e, neles,  encontrava a paz merecida e a força para o dia seguinte...hum rum ! 

Lembro-me de minha primeira ida ao Rio de Janeiro e, da conversa que tivemos eu e Dr. Roberto, à beira da praia, caminhando lado a lado. Senti, literalmente, a necessidade dele "conhecer" um pouco mais sobre este "ser" que adentrara na vida de sua família e, especificamente, na vida de sua única filha. Lembro do "orgulho" com que ele anunciou, num churrasco com amigos, que "importara" um sulista para preparar as carnes...hehehehe ! Caráca, agora fiquei emocionado...pera aí...humpft....foram muitos momentos especiais vividos ao lado desse grande e eterno Líder. Pensam que foram só flores ? Nananinanão...tínhamos lá nossas diferenças. Mas, elas, as diferenças, ficaram no passado, e nunca, jamais, foram motivo para que as colocássemos em colóquio....ficaram nas entrelinhas da vida, e lá permanecerão, posto que dele somente guardarei as boas lembranças e os exemplos. Estes, me impulsionam...o mais, bem...é o de menos...

Se pudesse escolher uma frase para o epitáfio de Dr. Roberto, seria do ilustre e imortal Marthin Luther King : " A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio "...

Sei que Mônica, assim como eu, perdemos esses entes tão queridos. Quando escrevo perdemos, obviamente, quero dizer no convívio carnal. Ambos, Diva e Roberto, permanecem dentro de nós, guardados onde devem, do lado esquerdo do peito. Um dia os reencontraremos...não tenho dúvidas. Enquanto isso, espero que Moniquinha tenha forças suficientes para tocar o barco, já que ainda tem uma pessoinha que depende muito dela e, sei, ela contará com o apoio de seus milhares de filhos e filhas, dos familiares,dos amigos tão queridos e...de mim...sempre, nessa missão !

Espero poder voltar em breve para meus devaneios...




sábado, 2 de junho de 2012

Dor do erro...


Quem de nós pode avaliar a própria vida como uma estrada feita somente de acertos? Quem tem condições de afirmar que seus dias foram construídos de forma irrepreensível, de maneira correta?

Se bem analisarmos, perceberemos que os erros, tropeços e enganos são naturais em nosso processo de aprendizado, finalidade maior da nossa existência. Erramos, muitas vezes, por imaturidade. Portadores de valores ou sentimentos pouco nobres, acreditamos, ao elegê-los, que esses seriam os mais adequados para nos conduzir.

Assim, nos deixamos guiar ora pelo orgulho, ora pela vaidade. Ou, ainda, a soberba e a arrogância nos acompanham nas decisões e comportamentos ao longo da vida. Até que nos apercebemos que eles nos trazem dissabores e não são os melhores conselheiros e condutores da existência.

Mais maduros, calejados pela experiência, ao nos darmos conta de que aqueles não são os melhores valores para nos acompanhar, nem os melhores parâmetros para nos aconselhar, os abandonamos para buscar rumos mais felizes e saudáveis. Ao avaliarmos esses dias de equívocos, ao olharmos para trás, percebemos que não agimos por maldade. Apenas éramos imaturos e, talvez, um tanto levianos. Foi necessário que as dores decorrentes do erro e o peso das dificuldades nos forjassem na alma a tessitura da nobreza e do bem.
*   *   *
Assim ocorre com muitos pela estrada da vida. São vários aqueles que nos acompanham que agem dessa forma.

Servem-se de valores equivocados nos relacionamentos. Estabelecem padrões ilusórios para pautar seu comportamento. Buscam condutas reprocháveis na sua vivência. Agem como agíamos há pouco tempo para, logo mais, as dores da vida os convidar para as lições do aprendizado. Como sabemos disso, porque era exatamente assim que nos portávamos, até recentemente, não julguemos.

Aqueles que hoje agem de maneira equivocada, sem dúvida terão sobre os próprios ombros o peso dos seus erros, no justo reflexo que a vida oferece de tudo que fazemos. Se hoje, esses ainda agem assim, ofereçamos-lhes a compreensão, pois estamos cientes do que ocorrerá, em tempo imediato ou posterior. Se a vida já nos permitiu esse aprendizado, mais do que ninguém sabemos desnecessários o nosso reproche, nossa crítica e mesmo a nossa vingança para com aqueles que hoje erram.

Dessa forma, se os nossos caminhos se cruzam com os caminhos de criaturas ainda iludidas a respeito do verdadeiro significado da vida, aproveitemos a chance para cultivarmos compreensão, indulgência e perdão.

E deixemos que a vida, a seu tempo, e sob a tutela vigilante e amorosa da providência Divina, ofereça as melhores lições, para todos nós, que ainda temos tanto a aprender a respeito das coisas de Deus.

  (Momento Espírita)

domingo, 6 de maio de 2012

Aflições da Alma...



É natural, neste mundo, com suas necessidades e peculiaridades, que as preocupações com o nosso entorno consumam boa parte de nossas energias. São os compromissos financeiros a serem pagos, as atividades profissionais a realizar, a educação própria e a dos filhos a se construir. Enfim, são muitos e os mais variados os compromissos com o dia a dia do mundo.

Somados a esses, os que efetivamente fazem nosso compromisso para conosco mesmo, assumimos outros, que são trazidos pelo barco da ilusão, e consentimos seu atracar nas praias de nossas vidas. Assim, permitimo-nos ocupar o tempo na luta inglória contra os anos, na ilusão do não envelhecimento, esquecidos de que cuidar do corpo se faz necessário, sendo supérfluos os exageros.

Na busca do bem-estar físico, do salário que nos permita a vida confortável, deixamo-nos levar pelo exagero da ganância, pelo excesso da cobiça, usando as horas para amealhar, juntar moedas, ter fortunas. E, quando percebemos, toda nossa vida está voltada para as coisas puramente materiais. Vivemos todas as horas de nossos dias para o mundo exterior, e só para ele. Deixamo-nos lentamente esquecer da alma que somos, do Espírito que habita um corpo e passamos a viver como se fôssemos um corpo somente, sem alma.

Como decorrência desse comportamento, as aflições da alma surgem avassaladoras...

Descuidada e quase sempre esquecida, ela adoece por abandono e descaso, logo surgindo as aflições como consequência. Irrompem assim as distonias mentais, a depressão, a melancolia profunda, o desinteresse pela vida. Muitos afirmam que isso tudo surge do nada, de repente, sem causa externa ou aparente que possa ser identificada.

Porém, as aflições que nos tomam a alma são apenas o resultado do longo período de descuido a que nos entregamos.  Carentes de valores e estruturas nobres para enfrentar os desafios do mundo moderno, aturdimo-nos e nos afligimos.Como os momentos de reflexão, meditação, autoanálise não se fazem presentes e, ainda, o comportamento generoso, de solidariedade e gratidão à vida não se tornou hábito, a alma ressequida do investimento no amor, facilmente se perturba.
Desse modo, se a alma se apresenta aflita é porque clama mudanças em suas paragens íntimas. Se a mente, reflexo da alma, perturba-se, é porque carece do investimento inadiável de valores nobres.

Portanto, antecipar-se aos momentos de desassossego, buscando evitá-los, através das atitudes nobres, do bom pensamento e da autoanálise, é atitude de sabedoria e maturidade perante a vida...

(Momento Espírita)

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