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"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante..." (Caio F. Abreu)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Herança de Amor...

Não há como olhar para esta foto e impedir que as lágrimas de saudade aflorem nos olhos e desçam lentamente pelo rosto. Sinto somente não ter uma foto (ainda) dos meus avós maternos arquivada aqui no computador. Na imagem, ainda em preto e branco, Ricardo e Rosa, concebedores de meu pai, também Ricardo. São muitas as lembranças mas, especificamente, nesta época de Natal. Revê-los, relembrá-los, é como o texto abaixo que postei : Bolha de Sabão ! É mantê-los "vivos" em minha memória, e impedir que eles "estourem" no outro Plano onde se encontram.

É recordar dos Natais passados na casa do Tio Saturnino e, um pouco antes da meia-noite do dia 24 de dezembro, ainda ouvir o chamado do Papai Noel Ricardo : Hô hô hô ! Esperávamos em uma das salas da casa de meu tio na Avenida Iguaçú, enquanto os presentes eram colocados embaixo da árvore (sempre linda) na sala contígua. Acreditávamos piamente na figura daquele Bom Velhinho ! Eram bons tempos...de inocência e sonhos !

É recordar do dia em que eles completaram as Bodas de Ouro, em uma casinha que haviam alugado para ter mais privacidade (até então moravam com meus padrinhos e tios). A alegria estampada no rosto de minha vó Rosa, impagável e inesquecível. Um momento perene, da confirmação de tanto amor e dedicação. E era assim a relação de Ricardo e Rosa. Quando ele desencarnou, vítima de um acidente no centro de Curitiba, estava indo comprar um eletrodoméstico para ela. Isso ocorreu menos de 1 mês após o nascimento do primeiro bisneto varão Imaregna do casal : meu filho Rulian Alessandro !

E foi para ele, Rulian, que Ricardo deixou uma "carta" onde, baseado na astrologia e numerologia, premonizava como seria o comportamento e caráter do bisneto recém-nascido futuramente. Entreguei anos depois a correspondência ao meu filho, e as previsões foram certeiras. Ricardo era meio "Bruxo", era alquimista, era escritor, era meu AMIGO, acima de qualquer coisa, e sinto muito a sua falta. Rosa, era como a flor do mesmo nome : símbolo de Amor e Pureza, dos "segredos" guardados ainda em botão, da beleza que nunca fenece, por que sempre estará no coração de todos nós, seus descendentes.

Um beijo carinhoso neste Natal para vocês, Ricardo e Rosa, ícones em minha vida...Amo-os !

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