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"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante..." (Caio F. Abreu)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O medo mais cruel do mundo...


Ontem, ao fazer uma singela homenagem aos meus "velhos" e novos parceiros na blogosfera, acabei "deixando" de fora alguns. Não porque sejam menos importantes. É que na ânsia de desenvolver o texto, fui espiando a minha lista e "encaixando" os nomes. E cometi uma grande injustiça : deixei de incluir o Blog vogaisvazias.blogspot.com (Plurais Solitárias) de minha querida JOSIANA REZZARDI, que já abrilhantou este meu cantinho com seus pensamentos (na realidade um problema com "feed" segundo o provedor impediu o nome de aparecer).

Uma forma de corrigir isso, é postando mais um texto (trecho) dela. O título está no cabeçalho...Beijos Josi, e me desculpe tá ?

(...)Ainda cogito centenas de outras hipóteses que podem materializar o medo mais cruel do mundo. Medo de perder, de amar, de sofrer, de cair lá do alto depois de demorar tanto para subir. Medo de que o paraquedas não abra no próximo salto e eu acabe como aquele cara que teve o baço perfurado. Medo de palhaços e batracnofobia. Medo de ser um nada e de chegar a lugar nenhum. Medo das lembranças que me aterrorizaram por tanto tempo. Medo de tudo que ficou marcado em mim. Muitos deles parecem concorrer ao título, mas a verdade é que já desvendei o mistério. 

O medo mais cruel do mundo não é uma coisa só, mas sim uma convenção de medos. Uma barreira que impede que sonhos existam e que amores aconteçam. Uma trava na porta da frente que impede a passagem de boas histórias. Grade nas janelas e areia movediça no chão. Afundando, sempre afundando, sem jamais conseguir dar o próximo passo. Dentre todos os medos, tantos que já não tenho dedos para contar, descobri que o que faz as vezes de cereja do bolo é o medo de viver. Viver, deixar ser, permitir acontecer. Entregar, doar, compartilhar. Este é definitivamente o mais cruel, porque não é um só. É uma compilação de medos, uma coletânea de receios, de sofrimentos por antecipação, de descrença e clausura. E ainda mais conhecido do que ele, à mim, é sua terrivelmente familiar consequência: a solidão.
  

3 comentários:

Vivian disse...

Olá!!Bom dia!!

Gostei do seu blog!! Muito interessante!!
Vim do blog da Marcinha.
se puderes visite o meu, será muito Bem-Vindo!!
Abraço!

Néia disse...

Oi Fernando...
Fiquei muito feliz com a sua visita é sempre um enorme prazer fazer novos amigos,adorei seu espaço e já estou te seguindo.
Beijos Néia

Josiana Rezzardi disse...

Mais uma vez, que surpresa maravilhosa!
Não existe o menor motivo para que você peça desculpas, Fernando, muito pelo contrário! Fico honrada de aparecer por aqui e muito feliz por toda essa consideração!
Um beijo e bom domingo!

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