Não há guarda-chuva contra o poema
subindo de regiões onde tudo é surpresa
como uma flor mesmo num canteiro.
Não há guarda-chuva contra o amor,
que mastiga e cospe como qualquer boca,
que tritura como um desastre.
Não há guarda-chuva contra o tédio:
o tédio das quatro paredes, das quatro estações,
dos quatro pontos cardeais.
Não há guarda-chuva contra o mundo
cada dia devorado nos jornais
sob as espécies de papel e tinta.
Não há guarda-chuva contra o tempo,
rio fluindo sob a casa,
correnteza carregando os dias, os cabelos.
(A Carlos Drummond de Andrade - João Cabral de Melo Neto)
3 comentários:
Não há guarda-chuva contra o amor...
Pois este nunca havera de ter meu caro amigo. Ainda bem, mundo sem amor seria um mundinho chato e monotono.. Passando pra desejar uma noite abençoada beijos Iluminados pra ti..
Amigo que isso, emocionar é sempre bom, é sentimento que vem da alma, é coisa do coração mesmo, ainda mais quando traz consigo lembranças felizes, olha eu add vc no hot mail, msn, mas nao sei se é oq ue vc usa, caso use outro msn, se puder me add, tentei add no orkut tb, mas nao consegui, pediu email rs beijos.
Pra animar agora a noite fiz um topo pro meu blog rs beijos
Passando para desejar uma ótima noite para o meu irmão das estrelas! Bjos no teu coração Fernando!
P.S.: Há encantos escondidos por toda parte. Preste atenção, são pequenos mas constantes! (Pe. Fábio de Melo)
Postar um comentário