Não vá a Casa Espírita...

Dando sequencia a postagens de textos de blogs parceiros, hoje trago-lhes um de meu novo amigo JORGE LUIZ, do Riozão de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, de imorredoura saudade para mim. Jorge possui o blog MENTE ABERTA (http://jorge-menteaberta.blogspot.com) e esta postagem data de 12 de Novembro de 2010. Agradeço-lhe meu irmão carioca pela cessão da referida. Um forte abraço deste mano Paranaense...Deus te abençoe !

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Certo dia me aproximei daquela casa espírita, cheio de receio sobre tudo o que me diziam a respeito dos espíritas. Mas a curiosidade era tanta que quando dei por conta já estava entrando e não foi possível mudar de ideia. Minha mente advertia: "Tenha cuidado! Tenha cuidado!". Afinal de contas estava ignorando um conselho de um colega que dizia: "Não vá a casa espírita! Você vai ficar horrorizado com o que fazem lá".

Mas agora já era tarde. Uma senhora com estranha bondade, convidou-me a entrar. Atento a tudo e a todos, sentei-me na última fileira. Pensei comigo: "Aqui está bom, estou mais perto da porta".

Logo comecei a prestar atenção a palestra, pois a plateia estava atenta ao que dizia um senhor de meia-idade. Ele falava sobre coisas que eu não podia entender, ou talvez não queria, pois tinha receio.

Aos poucos fui me sentindo à vontade. "Que estranho!"- pensei. Há muito tempo não me sentia tão bem. Parecia que aquele pesado fardo que eu estava carregando estava mais leve. As palavras, aos poucos, foram me envolvendo e então percebi que aquele senhor falava de perdão, de caridade, de fazer o bem ao próximo, da reforma íntima para ser feliz. Falou até de JESUS!

Após a palestra fui convidado a ir a uma outra sala. Vi uma senhora se aproximar de mim, impondo suas mãos sobre minha cabeça, parecendo estar em oração. Atento a tudo e a todos, por via das dúvidas, também resolvi fazer uma prece, já que não fazia uma desde há muito tempo.

Quando ia para casa, pensando no que tinha me acontecido e como estava me sentindo melhor, tive vontade de retornar outro dia.

Era uma tarde de sábado. Novamente eu me aproximei daquela casa. Para meu espanto, crianças e jovenzinhos também estavam chegando. "O que será que fazem aqui estas criaturinhas? Será que elas não sentem medo?"- intimamente me indagava. Assim que entrei, perguntei àquela senhora, minha conhecida de outro dia, o que faziam ali aquelas crianças. Bondosamente me explicou que estavam ali para as aulas de Evangelização infantil e para o encontro dos grupos jovens. Eles também estudavam a Doutrina Espírita e os ensinamentos de Jesus.

E assim aos poucos fui me conhecendo e me envolvendo com as atividades daquela casa. Hoje, quando me perguntam sobre essa escola de almas que frequento, eu brinco: "Não vá a casa espírita! Pois você vai ficar impressionado com tantas coisas boas que acontecem lá".

Essa é a história de um personagem fictício que já foi vivido por muitos, que mesmo diante dos preconceitos, da ignorância e da desinformação que ainda há em relação a Doutrina Espírita, se dispuseram a conhecê-la. E a despeito de tudo, surpreendem-se com uma realidade muito diferente daquela apregoada pelos que, mesmo sem saber, emitem pareceres sobre algo que não se dispõem a conhecer.

 

(o título é original)