A liberdade é uma lei da vida e assegura a cada um o direito de escolher os caminhos que deseja trilhar. Tem como contraparte indispensável a responsabilidade pelo que se decide fazer. Em algum momento, se é chamado a dar conta dos próprios atos. Por vezes, a colheita parece tardar, mas ela invariavelmente ocorre. Nesse contexto, compensa ser um agente do bem, fomentar o progresso e a concórdia.
Uma das formas pelas quais você pode optar pelo bem refere-se ao que fala do semelhante. Quando convidado a falar sobre alguém, refira-se ao seu lado positivo. Sempre há algo de bom a ressaltar no próximo. Essa atitude dá ao outro a oportunidade de renovar as paisagens íntimas infelizes, sem o constrangimento de terceiros saberem de suas dificuldades.
Se alguém age mal em referência a você, inutilmente passará o acontecimento adiante. Muito ajuda quem não divulga as mazelas do semelhante. A pessoa que se diz amante da paz e desejosa do bem necessita aprender a policiar a palavra. A invigilância em relação ao verbo tem sido responsável por muitos dissabores e conflitos desnecessários.
A civilização e a cultura engendram os valores éticos da educação. Esses valores são eficientes recursos para que o homem se liberte das paixões inferiores que tanto o infelicitam. Ocorre que desentendimentos, com frequência, o fazem retornar a expressões primitivas, que já deveria ter superado. Cada palavra feroz ou irônica constitui ingrediente para a combustão do ódio. Assim, a invigilância com a palavra contribui enormemente para a sementeira da amargura.
É útil e urgente esforçar-se em preservar a paz íntima, mesmo quando estimulado pelos outros a falar e agir de modo diverso. Os hábitos mentais criam condicionamentos positivos ou negativos. Quem se permite pensamentos doentios em torno de ódio, suspeita, ciúme e inveja condiciona-se de modo deletério. Quando colocado em situação difícil, tende a agir conforme os valores nocivos que acalenta no íntimo.
Já quem se habitua a refletir sobre valores como humildade, pacificação e concórdia dispõe de superiores meios para viver dignamente. Quando confrontado com a antipatia espontânea de alguém, em si mesmo infeliz, consegue manter uma atitude pacífica. Você sempre reagirá na conformidade do pensamento que cultivar. Falará e agirá de acordo com seus depósitos mentais, criados no cotidiano.
Assim, atente, quanto possível, para os valores dignificantes do seu próximo. Procure identificar-lhe as virtudes e possibilidades, em vez dos equívocos que ainda comete. Ao se acostumar a valorizar o bem, passará a falar e a agir de modo positivo.
Pense nisso...hum rum !
(Momento Espírita - cap.50 - Leis Morais da Vida - Joanna de Angelis)
2 comentários:
Fantástico texto Fernando que apresenta grandes verdades.. De fato, seja lá o que fizermos, sempre haverá um retorno e consequência.. , que possamos sempre seguir por caminhos que nos conduza a elevação do bem.
Uma super beijoca em seu coração..
Verinha
Procurar sempre algo de positivo nos outros, essa é uma atitude tão simples, mas a cada dia tem ficado mais rara.
Um abraço.
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