Este é um trecho do texto que leva o título acima, de autoria da Josiana, das Plurais Solitárias (http://vogaisvazias.blogspot.com), que já faz parte deste meu espaço, pelo simples fato de que admiro seu trabalho e nutro um imenso carinho por ela, gratuito, vindo do coração...Vale MUITO a pena ler o texto inteiro lá, e outros tantos, maravilhosos...intensos...Beijos Josi...
(...)Vem, amor, sente-se ao meu lado e ouça. Já não interessa se o que sobra de mim quando você vai embora são cacos de cristal barato espalhados pelo chão ou se tenho vontade de esmurrar minha cabeça na parede para tentar lucrar uma amnésia. Tudo que escrevo sobre o quanto você me dói vai embora - com o último bilhete de passagem - quando sinto seu beijo. Ainda assim, chegamos a um ponto sem retorno. Estamos de bolsos vazios, sem dinheiro para a passagem de volta.
Restou apenas a dor de ter você, tão meu e de mais ninguém, para depois não ter mais nada. Incline-se um pouco e deixe que eu encoste a cabeça no seu ombro, porque não conheço seu cheiro mas sei que ele poderia me levar ao delírio. Deixe que eu tente senti-lo uma última vez, esse cheiro de "sinta-me enquanto puder". Eu posso muito pouco, mas pagaria até a última moeda do meu pote de vidro cheio de quinquilharias e trocados para ter alguns mililitros do seu perfume guardados para sempre em um frasquinho blindado e diminuto (...)
Um comentário:
A dor da ausência é tão triste. Belo e comovente o texto.
Dinorah
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