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"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante..." (Caio F. Abreu)

sábado, 7 de novembro de 2009

LAMENTOS AO VENTO...

Hoje refrescou um pouco. Para minha cidade natal, Curitiba, muito calor é prenúncio de dias nublados e tempestades. A última semana foi encalorada, os termômetros batiam na casa acima dos 30 graus, o que é novidade para nós coxas-brancas (sic).
Agora, está uma noite nublada e com temperatura amena, daquelas noites Curitibanas típicas para se ficar em casa, escrevendo ou lendo, ou quiçá vendo um bom filme na TV. Mas andei olhando a programação e é só repetição.
Então, escrever é uma boa pedida...

Sentado aqui na frente da tela, os dedos correndo soltos pelo teclado, não há como negar que bate uma saudade dos tempos em que "perambulava" pelas salas de bate papo do Terra, onde conheci pessoas que fizeram a diferença em minha vida. Também o Messenger era uma boa pedida, mas tudo isso faz parte do passado.
Restaram boas recordações, e outras nem tanto. O "impedimento" de olharmos e tocarmos os nossos interlocutores, dá uma sensação estranha de que tudo não passa de fantasia. Nos alegramos com simples recados desconexos, ficamos "maus" quando lemos agressões, acabamos por entrar não num mundo virtual mas, sim, de uma realidade fantástica e assustadora.
Não são poucos os casos de pessoas que acabaram se envolvendo com outras pela internet e se desencantaram, ou pior que isso, acabaram vítimas de si mesmas, ao perceber que só é válida a relação quando conhecemos suficientemente e pessoalmente aqueles com quem estamos conversando.

Em alguns casos, porém, aquilo que um dia era virtual torna-se real, e vimos a conhecer alguém por quem nos apaixonamos. Quando este alguém mora próximo de nós, a coisa toda torna-se mais fácil. É só marcar um encontro, dar asas à imaginação, seguir nos encontros, e contar com o destino para manter o relacionamento, que em muitas vezes acaba em casamento. São vários os casos conhecidos e divulgados pelos sites especializados.
Mas, quando a pessoa que mexe com nosso coração mora distante, aí começam as noites insones e os dias intermináveis. Aguarda-se a hora exata para falar com nosso(a) amado(a), queremos que a noite não acabe nunca, e que tenhamos ânimo para a jornada do dia seguinte quando, novamente, aguardamos ansiosamente que a noite caia, e tudo recomece...Um ciclo, angustiante, que só cessa quando conseguimos o primeiro encontro...e aí, bem, e aí...

Creio que aí começa aquilo que nunca desejaríamos para nossas vidas, uma vez que "acertada" a relação, com a certeza de que possuímos afinidades e objetivos mais ou menos parecidos com a outra parte, quando olhamos efetivamente nos olhos, e damos as mãos, e as beijamos, fica sempre a vontade do "quero mais", do "quero que não acabe", porque sabemos que iremos voltar para nosso local de origem, e deixaremos distante o que queremos tão perto...

Ansiedade, angústia, saudades...Dias e dias "teclando" novamente, papos intermináveis pelo telefone, a vontade de sentir, se tocar, de cheirar...mas nada, só a tela ...ao menos até a próxima vez...

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