.

Photobucket
"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante..." (Caio F. Abreu)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lenda dos índios Cherokees

Na história dos Cherokees, índios da América do Norte, existe uma lenda que fala sobre o rito de passagem da juventude para a maturidade. Ao final de uma tarde, o pai leva seu filho para a floresta, no alto de uma montanha, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. O jovem fica lá, sentado, sozinho, toda a noite, e não poderá remover a venda dos olhos até os raios do sol brilharem no dia seguinte.

Ele não poderá gritar por socorro para ninguém. Se ele conseguir passar a noite toda lá, será considerado um homem. Ele não deverá contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo. O menino ficará naturalmente amedrontado. É possível que ouça barulhos de toda espécie. Os animais selvagens poderão estar ao redor dele. Talvez possa ser ameaçado por outro humano. Insetos e cobras poderão feri-lo. É provável que sinta frio, fome e sede.

O vento soprará a grama, as árvores balançarão e ele se manterá sentado estoicamente, nunca removendo a venda. Segundo os Cherokees, esse é o único modo de se tornar homem. Finalmente, após a noite de provações, o sol aparece e a venda é removida. Ele então descobre seu pai sentado na montanha, próximo a ele. Estava ali, a noite inteira, protegendo seu filho do perigo.
  *  * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Essa lenda nos remete aos momentos de dificuldades que atravessamos na vida e nos quais nos julgamos estar sozinhos. Lembremos que Deus, Pai amoroso, está  presente em nossas vidas em todos os momentos, nas alegrias e nas tristezas, pois jamais abandona um filho Seu. Assim como o pai do jovem índio, Deus, através dos Benfeitores Espirituais, está sempre olhando por nós. Por descuido da fé, muitas vezes, não confiamos na Sua presença.

Evitemos tirar a venda dos olhos antes do amanhecer. Carreguemos a certeza em nossos corações de que estamos constantemente amparados pela Espiritualidade Maior. Nossos caminhos não estarão livres de percalços nem das dores. Entendamos que as dificuldades que a vida nos impõe são instrumentos de crescimento e fortalecimento para o futuro...

(Momento Espírita)

domingo, 25 de setembro de 2011

Lembranças de Diva (Parte I)

Bom dia pessoas ! A foto foi tirada no casamento de Jaqueline, minha sobrinha. Mami estava serena e linda, apesar da já dificuldade em se locomover por conta da artrose na bacia. Meus filhos, Rulian e Talita, felicíssimos por estar ao lado da Vó amada. Fiz cópia desta foto , que hoje é emoldurada por um porta-retratos de vidro, e está em minha cômoda no quarto. Os olhos azuis de Mamãe sempre foram a marca de sua personalidade. Expressavam tudo : alegria, tristeza, decepção, sucesso e, também, dor...humpft ! Foram estes "blue eyes" que me espiavam na tarde de quarta-feira passada, no Plantão de Emergência do Hospital Erasto Gaertner...jamais esquecerei deles Mãe, jamais...

Em seu velório, nesta última sexta-feira, o discurso de minha sobrinha Jaqueline emocionou a todos os presentes. Após uma noite não dormida, ela resolveu escrever algumas linhas para prestar a sua última homenagem à avó querida. Lembrou das coisas vividas na casa da Deputado Néo Martins, das "aprontadas" que os netos davam e, principalmente de algumas técnicas utilizadas por Divinha para fazê-los se alimentar.

Uma delas consistia em cortar os pães de trigo em pedacinhos pequenos, "quadradinhos" como eles falavam e, "soldadinhos" para ela...colocava-os em fila próximo à xícara de café com leite (mais leite que café lembrou Jaque....hehehe) para que os pequenos ali molhassem os "soldadinhos" e comessem mais. Lembrou também das noites regadas à muitos potes de sorvete que Divinha trazia da Sorveteria Formiga, onde trabalhou durante mais de duas décadas, e que estava representada no velório por suas amigas de trabalho e também por sua "patroa" Ivani, que foi acima de tudo uma filha para ela.

Foram muitas lembranças descritas no depoimento de Jaque...falo mais na sequencia...

Domingo passado nos reunimos na casa de mana Bete (como sempre) para comemorar os 77 anos de Divinha, completados no último dia 14. Um dos pratos preparados para o almoço foi purê de batatas. Tinha um significado : Divinha, quando os netos eram pequenos, costumava preparar a iguaria e, ao servir, colocava uma porção no prato, fazia um "furo" no meio e ali depositava uma porção de molho com carne moída, dizendo que eram "vulcõeszinhos"...hehehe ! Nos divertimos à beça vendo os agora marmanjos preparando vulcões com o purê... 

Para finalizar esta parte de recordações e, voltando à foto acima, meus filhos tentaram chegar a tempo para o velório da avó, já que residem em Florianópolis. Mas, infelizmente, quando conseguiram chegar ao Campo Santo, já havíamos deitado à terra o corpo físico de Divinha. Estavam muito emocionados e decepcionados por não poderem se "despedir" daquela que tanto amaram (e AMAM). Porém, aconcheguei-os ao peito e lhes disse que ela sabia que eles estavam ali, naquele momento, porquanto seu espírito imortal certamente se fazia presente, acompanhando a despedida de seus entes queridos.

Muito te amamos Mãe, e seguiremos te amando. E, quando dos próximos encontros familiares, muito ainda haveremos de recordar dos muito momentos passados ao seu lado em nossa presente encarnação. Em nossos corações há ainda muita dor, pela partida. Mas há muito mais AMOR, certamente, pelo legado que nos deixou. Em nossas orações permanecerás ainda por longos anos, até que chegue o momento da nossa própria despedida do plano físico, quando "mataremos" a saudade que se faz presente, reencontrando-a no Plano Espiritual, onde hoje tu habitas. Beijos carinhosos e amorosos Mãe !

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Divinha nos deixou, fisicamente...

Boa noite pessoas ! Mamãe nos deixou, partindo para outro plano, o Espiritual, onde será tratada certamente com carinho pelos nossos amigos e mentores e, também, por nossos familiares que a precederam, inclusive seu esposo, meu pai, Ricardo ! Enquanto aguardo os preparativos para o velório, escrevo estas linhas e incluo a foto do seu 75º aniversário, dois anos atrás, onde a família estava praticamente toda reunida. Aí estão seus 7 filhos, netos, bisnetas, genros e nora, DIVA, a quem dedicaste teus 77 anos nesta passagem terrena, e que te AMAM com toda força do coração e da alma e, hoje, resignados, se despedem de ti, na certeza de que nosso PAI saberá te acolher em seus braços e confortá-la de qualquer dor restante.

Um beijo carinhoso e já saudoso Mãe querida, e um trecho do "Evangelho Segundo o Espiritismo" :

“Senhor onipotente, que a tua misericórdia se estenda sobre a vossa irmã que acaba de deixar a Terra! Que a tua luz brilhe para ela! Tira-a das trevas; abre-lhe os olhos e os ouvidos! Que os bons Espíritos a cerquem e lhes façam ouvir palavras de paz e de esperança! Senhor, ainda que muito indignos, ousamos implorar a tua misericordiosa indulgência para esta irmã nossa que acaba de ser chamado do exílio. Faze que o seu regresso seja o do filho pródigo. Esquece, ó meu Deus, as faltas que haja cometido, para te lembrares somente do bem que haja praticado. Imutável é a tua justiça, nós o sabemos; mas, imenso é o teu amor "...Assim seja !

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Trecho de "Os Miseráveis"


Boa noite pessoas ! Recebi de uma querida amiga, via Orkut, e repasso trecho da obra "Les Misérables - Os Miseráveis", do imortal VICTOR HUGO, publicada em Abril de 1862 em oito cidades inclusive no Rio de Janeiro. Em Paris chegou a vender 7.000 exemplares nas primeiras 24 horas. Um marco para a época.

"...Já perscrutamos bastante as profundezas dessa consciência e é chegado o momento de continuarmos a examiná-la. Não o fazemos sem emoção ou estremecimento. Nada existe mais terrível que esse tipo de contemplação. Os olhos do espírito não podem encontrar em nenhum lugar nada mais ofuscante, nada mais tenebroso que o homem; não poderão fixar-se em nada mais temível, mais complicado, mais misterioso e mais infinito. Existe uma coisa maior que o mar: o céu. Existe um espetáculo maior que o céu: é o interior de uma alma..."

A alma tem sede do absoluto, e o absoluto não é deste mundo!
( Victor Hugo)

sábado, 17 de setembro de 2011

Utilidade

O ser humano possui inúmeras necessidades que precisam ser atendidas para se sentir pleno e feliz. Algumas são muito elementares e perceptíveis, como alimentação, saúde e segurança. Outras são mais sutis, mas nem por isso menos importantes. Por exemplo, sentir-se acolhido e valorizado.

Dentre essas necessidades mais sofisticadas, encontra-se a de ser útil. Por vezes, ela não é entendida nem por aquele que experimenta a sua carência. No contexto da sociedade atual, abundam os passatempos e a busca pelo ócio. As pessoas gastam longas horas em jogos, reais ou virtuais, passatempos e diversões. São muito comuns as referências a festas que duram a noite toda. De outro lado, valoriza-se bastante ter a cada dia mais tempo disponível. Idealizam-se feriados prolongados, viagens e passeios.

A um olhar superficial, parece que a vida humana se destina primordialmente ao recreamento e ao nada fazer. Contudo, entre festas e folgas, as crises existenciais e as doenças psicológicas se multiplicam. Não se trata de negar a importância do descanso e das atividades lúdicas. Mas de situá-las em seu devido lugar. São o contraponto da atividade produtiva, não a finalidade do existir. A rigor, só descansa quem trabalha. O ócio, em si mesmo, é vazio e exasperante.

Nada substitui a sensação de plenitude de quem cumpriu o dever, ao terminar uma tarefa. A consciência tranquila do dever bem cumprido constitui um prêmio em si só. Quem logra tornar-se útil sente-se harmonizado com o coletivo. Percebe que ocupa o seu lugar no mundo e goza de um automático bem-estar. Assim, tarefas e deveres nobres não constituem obstáculo à felicidade. Não há lucro algum em evitá-los ou minimizá-los, enquanto se gasta a vida com futilidades.

Os deveres são parte essencial de um existir equilibrado e pleno...

De outro lado, é importante não confundir utilidade com grandeza. Quem busca a grandeza costuma se comparar com os semelhantes. Com isso, tende a se angustiar. Afinal, sempre há seres com maior e menor preparo e com tarefas correspondentes ao seu talento. Em vez de se tranquilizar ao atender seus deveres com competência, rói-se de inveja de quem é convocado para ocupar posições de maior destaque. Também corre o risco de desprezar aquele que desempenha tarefas singelas.

Assim, o relevante é identificar os seus compromissos e empenhar-se em bem executá-los. Cuidar dos próprios deveres com seriedade e competência. Apreciar a sensação de ser útil e produtivo...hum rum !

Pense nisso......
(Momento Espírita)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Não somos nossos problemas

Não permitamos que os problemas tomem conta de nossa vida e exauram todas as nossas energias. É necessária a compreensão de que estamos no problema, mas não somos o problema. Somos a solução para ele. Quando analisarmos cada um deles, devemos pensar: Aqui está o meu problema. Fora de mim.

Não somos este momento de aflição. Apenas transitamos por ele temporariamente. Encaremos cada problema como um desafio, algo que veio para fazer-nos crescer, amadurecer. E não para nos destruir. Isso permitirá que a vida o solucione com tranquilidade, sem desgastar-nos em demasia. Contemos com ajuda externa. Não acreditemos que tenhamos que resolver tudo sempre sozinhos.

Há tanta gente disposta a nos ajudar, no mundo material, e no mundo invisível, onde encontramos os amores do ontem e os protetores de nossa reencarnação. Então, após resolver cada problema, atiremo-lo ao mar do esquecimento, não permitindo que ele permaneça em nossa casa mental. Renovemo-nos diariamente, não permitindo que resquícios de crises e dores amarguem a alma, e se transformem em prisão indesejada.

Não nos assustemos com a palavra problema. Se ela nos parecer assustadora, troquemo-la por outra, como desafio ou obstáculo. Obstáculos existem para serem observados, compreendidos e transpostos. Saímos mais fortes de cada um deles, se desejarmos, em vez de mais fracos e abalados.

Libertemo-nos desse negativismo que, por vezes, estraga nosso dia, quando a lente do pessimismo nubla nossa vista imperceptivelmente. Libertemo-nos do cinza, do escuro dos pensamentos que tanto nos aborrecem a alma. Nascemos para ser livres, então, libertemo-nos.

Não somos nossos problemas. Apenas transitamos por eles temporariamente...
Pensemos nisso...hum rum !

(Momento Espírita)

domingo, 11 de setembro de 2011

Perseguindo sonhos...

É muito frequente encontrarmos pessoas que afirmam ter desistido de seus sonhos frente às dificuldades de os concretizar. Para alguns, a dificuldade financeira não permitiu dar continuidade aos estudos, obrigados a trabalhar desde cedo. Para outros, as obrigações no lar, os filhos, compromissos familiares de grande monta consumiram o tempo necessário para dedicar-se a outras lides para onde apontavam os sonhos.

É natural que tenhamos que nos adaptar às circunstâncias e contingências que surjam. Temos o dever moral de enfrentar as obrigações e compromissos que a vida nos oferece. Porém, não raro, muitos são os que desistem de seus sonhos, na ilusão que tudo é tranquilo e fácil de se obter, sem a disposição de sacrifício e luta. 

Ninguém consegue formar-se em um curso superior, sem o esforço de estudar para o processo seletivo que este impõe. E, uma vez na Universidade, fazem-se às centenas as avaliações, trabalhos, projetos, que forjam o intelecto e constroem as competências para as lides profissionais. Para o musicista conseguir interpretar, de maneira impecável, determinada obra em seu instrumento musical, são incalculáveis as horas de esforço e estudo até o resultado final.

Vemos o orador de maneira brilhante expondo o seu raciocínio na tribuna, mas não aquilatamos os anos de estudo intenso a que ele se dedicou, para que pudesse sistematizar o conhecimento em breves minutos. Admiramos as conquistas e descobertas do cientista, o apogeu de seu sucesso, colhendo as láureas de suas pesquisas, ignorando as horas intermináveis em laboratório, sobre livros e documentos científicos para embasar seus estudos.

Nenhuma conquista no mundo é conseguida sem sacrifício e sem esforço...hum rum !

Todos os sonhos hoje realizados, estavam ontem apenas na mente do sonhador, que ousou colocá-los em prática, disposto ao esforço diário e perseverante. Conquistas são construídas nas lides e no trabalho diário, no planejamento e na dedicação, na perseverança e na coragem. Assim, jamais desistamos de nossos sonhos, tendo-os como meta a alcançar e realização a ser concretizada.

Porém, não nos iludamos. Eles demandam sacrifícios. Teremos, sem dúvida, que abrir mão de muitas coisas em nome dos sonhos e das conquistas que almejamos. Porém, serão nossos esforços que construirão a estrada que nos levará à concretização dos planos e sonhos que hoje vemos tão distantes...Assim Seja !

(Momento Espírita)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Catingueira esteve em Festa...

Humpft ! Trabalhar em Sete de Setembro dá nisso. Como no aniversário da menina CRIS LIRA, acabei "esquecendo" do niver de MARÍLIA FELIX, essa mocinha bonita aí da foto, que completou ontem mais um ano nesta sua presente jornada terrena. Mesmo com atraso de algumas horas, deixo então meu beijo carinhoso e o desejo de que sua vida seja permeada de muitas alegrias, de bastante saúde para seguir com seus objetivos profissionais. Que sejam os anos próximos, fecundos em amor e serenidade, regados à muita humildade, principalmente para superar todos os obstáculos que ainda irás viver Marília. Feliz Aniversário...

Quando de meu aniversário, Marília e outras amigas queridas me homenagearam. Não as conheço; foi aqui através do blog, desse monitor e dessas imagens, que esbarrei com elas, um dia num passado não muito distante. Eram dias de muita impaciênca, de muitas indagações, de algumas frustrações. Através de seus textos e comentários, elas fizeram com que o cotidiano se tornasse mais leve, as noites mais serenas, e a vida...ah! a Vida ! Tornou-se muito mais bela e feliz...

Lá atrás tive mais "tempo" para dedicar ao meu cantinho e trololar com elas. Hoje, está muito mais difícil. Mas sempre que posso navego em suas páginas buscando inspiração ou, apenas, encantando minha alma com aquilo que escrevem. São textos carregados de emoção e paixão ou, então, de certezas e incertezas. Característica de quem é jovem ainda, como Marília, minha menina...

Para ti, Marília, palavras da imortal CLARICE LISPECTOR, em sua obra "Mudança". Espero que gostes...PARABÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS !

Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade. Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa. Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalça alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas. Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama...Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros. Viva outros romances. Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias. Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor. A nova vida.

Tente...

Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações. Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa. Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental...Tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares. Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes. Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias. Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores. Abra conta em outro banco.

Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus. Mude. Lembre-se de que a Vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo. E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas.
 
Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda ! Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena !!!

O País que eu quero...


Foi num dia Sete de Setembro, no século XIX. A História encheu de magia o gesto espontâneo de um imperador amante do Brasil. E Laços fora! e Independência ou morte! são frases repetidas, dramatizadas, recordadas a cada novo Sete de Setembro. Desfiles militares, hasteamento da bandeira, execução do Hino Nacional se sucedem em rememoração à Independência do Brasil...

Olhando para as ruas do meu país, nesse festejar de cento e oitenta e sete anos de independência, me surpreendo com os desejos de minha alma patriota. Da alma que assiste o pavilhão nacional tremular ao vento, mostrando as cores vibrantes que falam de verdura, riqueza, um céu de estrelas, ordem e progresso. Quero um país independente, uma nação livre. Livre da corrupção, da desonestidade e do compadrio. Livre das drogas, das armas de guerra e dos discursos vazios, da violência de todas as cores.

Quero um país onde as crianças possam sair à rua, para suas brincadeiras, sem medo de sequestros. Possam ir à praia, ao campo, jogar futebol na quadra da esquina, sem que tenham de se esquivar de balas perdidas. Eu quero um país onde se respeite o idoso, não porque ele não tenha a destreza da juventude, mas porque nele se reconheça a experiência dos anos vividos e das contribuições à sociedade por largos anos de trabalho.

Eu quero um país sem medo do amanhã. Um país que tenha os olhos no futuro e, por isso, invista na formação do cidadão. Um país com escolas, bibliotecas e museus, franqueadas a todos. Um país que preze seu passado e nunca esqueça dos seus heróis. Dos heróis que defenderam suas fronteiras, com armas, com leis, com a vida e com a voz. Dos heróis de todos os dias, de todas as raças, que deixaram seu torrão natal e adotaram uma nova pátria. Dos heróis que suaram sangue, trabalharam duro, desbravaram matas, criaram filhos. Dos heróis que a História venera. Dos heróis que deram sua vida pelo ideal de uma nação sem escravidão. Uma nação de irmãos.

Eu quero um país responsável, onde os governantes sejam conscientes de seus deveres. E onde o povo eleja seus representantes, não iludidos por promessas utópicas, mas porque conhecem a vida honrada do candidato e suas propostas maduras, coerentes, viáveis de aplicação a curto, médio e longo prazos.

Eu quero um país justo, que ampare a quem trabalhe, não àquele que somente sabe enumerar pretensos direitos. Um país que proteja seus filhos, preserve suas riquezas, distribua seus bens...

Um país de paz. Um país de luz...! O país que eu quero não é irreal, nem impossível. Ele somente depende de mim, de você, de cada um dos seus mais de cento e oitenta milhões de habitantes...hum rum !

(Momento Espírita)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Construindo Catedrais...

As belas catedrais europeias são, sem dúvida, um grande legado arquitetônico para a Humanidade. Ganharam os céus, vencendo os desafios tecnológicos e as capacidades construtivas de uma época, sem os conhecimentos atuais da Engenharia Civil, sem o auxílio dos cálculos matemáticos apurados, sem recursos de computadores ou outro aparato tecnológico qualquer.

Suas imensas torres a rasgar os céus, suas paredes bordadas em pedra, seus vitrais filtrando em cores os raios solares que os transpassam, fazem-nas belezas imensas nas paisagens de velhas cidades. Mas, em todas elas, se se tentar saber quem são seus construtores, encontram-se imensas dificuldades. Essas construções levavam séculos para serem concluídas. E o trabalho de muitos, que dedicavam toda sua vida para construí-las, perdia-se no tempo.

Os sacrifícios para que essas imensas naves fossem erguidas, vencendo os séculos com altivez e beleza, perderam-se na História. Posto que a construção durava mais do que uma vida humana, eram as vidas de muitos que se somavam para que esses templos ganhassem forma, em um trabalho anônimo, desconhecido. 

Não é diferente do que ocorre conosco em nossa caminhada. Muitos de nossos sacrifícios, de nossos esforços passam despercebidos por todos. Poucos dão-se conta do trabalho anônimo da mãe no lar, preparando as refeições, consertando roupas, pregando um botão ou passando uma camisa, para que filhos e esposo se apresentem impecáveis. Ninguém percebe quantas vezes alguém se cala para que uma discussão não ganhe proporções indesejadas. Ou quando avança horas na noite, a velar o sono de um enfermo.

Ficam perdidas no anonimato as boas ações como quando, mesmo sem tempo, nos dispomos a ouvir alguém, a ceder a vez para o outro em uma fila, a fazer um favor que nos foi solicitado. Poucos aquilatam as longas horas de trabalho do professor a corrigir textos, analisar trabalhos, varando madrugadas, a fim de que possa conhecer mais intimamente seus educandos, entendendo suas mentes e suas almas, para melhor colaborar com sua formação.

No entanto, Deus está vendo. Ele percebe nossas intenções e compreende que todas essas ações contribuem para a construção de nossa catedral íntima. Assim, jamais desanimemos pelo não reconhecimento da sociedade ou da família, frente aquilo que fazemos.

Trabalhemos e vivamos oferecendo o que temos de melhor, na nossa vida familiar, nas lides profissionais ou na convivência social. É verdade que, muitas vezes, criamos expectativas de que alguém reconheça e valorize o que fazemos. Porém, mesmo se isso não ocorrer, mesmo assim, nosso trabalho nunca será anônimo. Afinal, é Deus quem nos cuida e vê cada ação nossa, o esforço que fazemos para erigir a catedral de virtudes e valores nobres em nossa intimidade.

Como os construtores de outrora, toda uma vida de sacrifício será válida se pensarmos que Deus estará sempre vendo o que realizamos...hum rum !

(Momento Espírita, com base em vídeo de Nicole Johnson)

sábado, 3 de setembro de 2011

Uma ocasião especial...

Independente do valor e do significado dos objetos, muitos de nós temos os nossos guardados para ocasiões especiais. São as peças presenteadas por ocasião do casamento, roupas adquiridas para esse fim, salões reservados para essas circunstâncias. Alguns de nós chegamos a ficar neuróticos só de pensar em deixar os filhos brincar na sala de visitas, pois temos que preservá-la intacta para uma ocasião especial, para receber visitas especiais, como se eles não o fossem.

São todas essas coisas que perdem totalmente o valor quando a ocasião especial é a do funeral de um ente querido. Um filho que se vai, sem que o tenhamos deixado tomar café naquela xícara rara que herdamos da nossa tataravó. O esposo que se despede sem poder contemplar a esposa vestindo a lingerie nova que lhe deu de presente, no último aniversário de casamento.

No campo dos sentimentos também costumamos fazer as nossas economias para ocasiões especiais. É aquela frase mágica que estamos guardando para dizer num dia muito especial...Uma declaração de amor que estamos preparando para dizer quando as circunstâncias forem propícias...Um gesto de carinho que evitamos hoje, por julgar que a pessoa ainda não está preparada para receber.

Um pedido de perdão que estamos adiando para um dia que nunca chega...

A carta a um amigo que não vemos há tempos, pedindo notícias. A conversa amistosa com alguém que nos considera um inimigo, a fim de esclarecer dúvidas e resolver pendências, enquanto estamos a caminho, como aconselhou Jesus. Enfim, pensemos que cada dia é um dia especial. Cada hora é uma hora muito especial...Cada segundo, é um tempo especial para se criar uma ocasião perfeita e fazer tudo o que deve ser feito.

Não vale a pena economizar as coisas boas. É preciso viver intensamente cada fração de tempo que Deus nos permite estar em contato com as pessoas que nos rodeiam...
**********************************************************************
As palavras de carinho que deixamos de dizer...
As promessas que deixamos de cumprir...
As flores que deixamos de enviar...
A mensagem de esperança que não espalhamos...

De tudo isso poderemos nos arrepender amargamente quando, numa ocasião especial, estivermos partindo deste mundo...hum rum ! Tenhamos todos um magnífico domingo, e que Deus nos abençoe !

(Momento Espírita)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Lição do Oriente ...

Os que vivemos no Ocidente, nos surpreendemos com o comportamento do povo japonês, ante os desastres do tsunami, do terremoto e do vazamento dos reatores atômicos. Nas imagens televisivas, nenhuma mostrou gente se lamentando, gritando e reclamando que havia perdido tudo. A tristeza por si só já bastava.E nas filas para água e comida, nenhuma palavra dura e nenhum gesto de desagravo. Somente disciplina.

Nenhuma corrida desenfreada aos mercados. As pessoas compravam somente o que realmente necessitavam no momento. Assim todos poderiam comprar alguma coisa. Não se teve notícias de saques a lojas. Nas estradas, nada de buzinaço. Apenas compreensão. Os restaurantes cortaram pela metade seus preços. Caixas eletrônicos foram deixados sem qualquer tipo de vigilância. Os fortes cuidavam dos fracos. Velhos e jovens, todos sabiam o que fazer e fizeram exatamente o que lhes fora ensinado.

Quando a energia acabava em uma loja, as pessoas recolocavam as mercadorias nas prateleiras e saíam calmamente...

Mas, com certeza, um dos relatos mais impressionantes é o de um imigrante vietnamita. Como policial, foi enviado para uma escola infantil para ajudar uma organização de caridade a distribuir comida aos refugiados. Era uma fila muito longa. Ele viu, no final da fila,  um garotinho de uns nove anos usando apenas camiseta e shorts.

Estava ficando muito frio e o policial ficou preocupado que, ao chegar a vez do menino, poderia não haver mais comida. Foi falar com ele. O menino lhe disse que estava na escola quando a tragédia ocorrera. Seu pai trabalhava perto e estava se dirigindo para a escola. O garoto estava no terraço do terceiro andar quando viu o tsunami levar o carro do seu pai.  Quanto a sua mãe e sua irmã, por residirem próximos a praia, acreditava que não haviam sobrevivido.

O garoto tremia. O policial tirou sua jaqueta e o envolveu, abrigando-o... Também lhe ofereceu a própria bolsa de comida, dizendo: Quando chegar a sua vez, a comida pode ter acabado. Assim, aqui está a minha porção. Eu já comi. Você pode comer...

Ele pegou a bolsa e  fez uma reverência. Depois, foi com ela até o início da fila e colocou-a onde toda a comida estava esperando para ser distribuída. O policial ficou chocado.  Perguntou por que ele não havia comido, em vez de colocar a comida para distribuição.                  

Sereno, ele respondeu: Porque vejo pessoas com mais fome do que eu. Se eu colocar a comida lá, eles irão distribuir a comida mais igualmente.

Quando ouviu aquilo, o policial se virou para que as pessoas não o vissem chorar. E concluiu que uma sociedade que pode produzir uma pessoa de nove anos, que compreende o conceito de sacrifício para o bem maior, deve ser uma grande sociedade, um grande povo. 

(Ha Minh Thanh - imigrante Vietnamita / Momento Espírita)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...