.

Photobucket
"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante..." (Caio F. Abreu)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal, 2012...

 
Boa noite pessoas !
 
Em primeiro lugar, desejar a todos meus amigos e amigas, parentes e afins, um FELIZ NATAL. Que nesta data possamos refletir sobre as decisões que tomamos no ano que está findando. Que possamos estar juntos, ou não, daqueles que amamos. Aos que estiverem próximos, um abraço carinhoso, um beijo, quiçá um presentinho. Para os que não estiverem tão perto, muitos mais abraços, mais beijos, mais desejos de felicidade, e muito, mas muito mais, AMOR !
 
Que o verdadeiro sentido do NATAL chegue aos nossos corações. Festas, fogos, alegorias, alguns exageros etílicos e gastronômicos, vai lá...Mas não deixemos que isso faça com que esqueçamos daqueles menos providos de recursos. Dos irmãos e irmãs, reféns das drogas que neste exato momento perambulam pelas ruas de nossas cidades. De nossos irmãos e irmãs que se encontram em leitos de Hospitais e Clínicas, distantes de seus entes queridos. Não esqueçamos, jamais, dos ensinamentos daquEle que logo logo estaremos comemorando o aniversário de nascimento. Sua vinda para junto de nós, há mais de dois milênios, teve um propósito primordial : PAZ ! E para legar essa Paz aos povos, Ele doou de si o melhor, ofereceu sua própria vida, e nada pediu em troca. Doou Amor, e pediu que os homens se amassem.
 
Somos homens de pouca fé...somos sim ! Ainda guardamos no coração muita raiva e rancor, sentimentos que só machucam, que nos fazem mal. Mas, mesmo sofrendo (por vezes), seguimos a caminhada carregando fardos pesados de intolerância, de preconceito, de mágoas, de tristezas infundadas, de soberba...fardos pesadíssimos, que poderiam ser deixados na estrada...
 
Hoje, assistindo TV, um ator da Globo comentou : porquê somente no Natal comemos rabanada ? Não poderíamos comer todas as semanas do ano ? Completo : porquê somente no NATAL deixamos que o espírito de fraternidade e bondade nos invadam a alma ? Porquê não agirmos assim o ano inteiro ? Ainda bem que existe UM dia no ano em que, verdadeiramente, nos tornamos filhos de DEUS, irmãos de JESUS...
 
Ia postar com uma imagem Natalina...hum rum ! Porém, a imagem que ilustra esta postagem é de minha neta. Foi o melhor presente que poderia receber em 2012. Deus abençoe minha nora Dominique por me tornar avô. Recebi dela, o melhor presente de minha vida até agora. Deus abençoe meus filhos, Rulian ( o pai coruja da foto) e Talita (você também é princesinha do Pipai tá ? ). Deus abençoe e guarde ao seu lado, aos seus cuidados, os meus entes queridos que partiram, e também aqueles que se foram pro andar de cima e me eram caros. Quem sabe alguns deles já estão "retornando" do mundo espiritual, ou estejam próximos de fazer a viagem de volta...
 
Aos meus irmãos, meu carinho e meu AMOR, sem medidas ! Ao PAI CELESTIAL, uma prece:
 
Concedei-me SENHOR, a Serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar...Coragem, para mudar aquelas que posso e Sabedoria para distinguir umas das outras...Assim seja !

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Mudança de Hábito


Bom dia pessoas. 

Não ! Não vou falar sobre o filme com a magnífica Whoopi Goldberg (ou, no caso, Deloris Van Cartier, seu personagem). Na real, se fosse "falar", teria que ser muito (haja visto o tempo que não posto nada meu). Mas vou deixar isso para um momento oportuno, quando conseguir adquirir um novo PC ou um Pczinho, o trem que nóis chama de Nótibuque...hum rum !

A mudança de hábito, no caso, é o desapego a esta parafernália internáutica que ronda nosso cotidiano e, por vezes, nos torna reféns de suas nuances. No meu trabalho, diariamente, me quedo perplexo com a capacidade de algumas pessoas em teimarem por utilizar seus fones de ouvido, devidamente agregados aos estupendos celulares, super/hiper/mega/ultra modernos, mesmo sabendo que teremos que "cutucá-los" nas costelas para que sejamos ouvidos quando os interpelamos. Ou, então, é o som alto que extravasa dos dito cujos auriculares e me fazem refletir sobre a capacidade auditiva dos "ouvintes". 

E toma mensagens daqui pra lá, e de lá pra cá. Isso quando não constato que estão mesmo é "navegando" nas redes sociais e escrevendo : Gente, tô trabalhando demais !...Trabalhando ??? A coisa mudou de nome. Ou então eu envelheci nos últimos anos mais do que desejava...Humpft!

Quando o meu (quer dizer, do meu sobrinho) PC faleceu, após algumas intervenções "cirúrgicas" do Bruno e do Rodrigo, imaginei que, assim como num passado não muito distante, iria ficar doidinho da Silva. Que voltaria a roer as unhas (coisa que não faço há mais de 10 anos), que perderia o sono, que sentiria falta de me "plantar" horas e horas na frente da telinha para "navegar em mares" acolhedores, sejam eles os "braços" de amigos distantes (ou não tão distantes assim), de sites espiritualizados (que muito gosto) ou simplesmente como forma de entretenimento. Nada aconteceu. Não sucumbi, não tive recaídas, passei a dormir melhor e dedicar meu tempo à leitura e reflexões, assim como voltei a ser "noveleiro". Aliás, Salve Jorge !

Claro que sinto falta deste meu cantinho. Um dia, pretensiosamente, me imaginei escritor...um livro completaria o meu ciclo (aquele : plantar uma árvore, ter um filho, escrever um livro...). Desisti. Não tenho culhões suficientes  nem verborragia idem. Me contento em vir aqui e escrever da forma que sei, certa ou errada. Afinal, tem "coisa" muito pior por aí na Net e, pasmem: são sucesso de público ( hum ???). 

Sinto falta de "conversar" com os amigos e entes queridos. Só que, agora, o faço pelo telefone ou mesmo pessoalmente. Já que falei em novela, em Lado a Lado, nesta semana, foi o que Isabel disse para Laura : Que saudades de você, de ouvir sua voz...

Tenho "conversado" comigo mesmo, também. Há muito que precisava de um tempinho para o véio Fernando. Há muito precisava de tempo para análises e projeções. O tempo (sempre ele) vai passando, os anos vão tornando os ossos mais frágeis, o coração menos pulsante, o cérebro menos eficaz, os sonhos menos realizáveis...É a LEI natural das coisas e criaturas. Não que isso seja uma aposentadoria precoce, não ! Ou que meu coração esteja fraquejando (tá, tudo bem, confesso : um tiquinho de sopro, uma certa arritmia...mas é normal)...hehehe ! 

É a constatação do óbvio ululante ! Não somos eternos e, urge, façamos de nossas vidas jornadas melhores e mais prazerosas. "Navegar", ler, escrever, ouvir e (quem tem Webcam), até ver, é bom gente. Não condeno. Mas    sentir o calor e força de um abraço, um aperto de mãos firme (ou um toque carinhoso só..), aquele beijo estalado  na bochecha ou, o outro, roubado ou não, em saboroso lábio, caráca" ! É muito melhor, mesmo. Hoje, após os últimos meses, não me imagino trocando a companhia de um amigo (ou amiga), de um ente querido, seja "in loco" ou por telefone, por "viagens" que nem sempre me agradam, no mundo virtual.

Finalizando, meu carinho e beijo para a querida amiga Neidinha. Seus telefonemas sempre vêm em boa hora. Desculpa aê o sumiço...hehehe !

sábado, 10 de novembro de 2012

Decepções



Você já teve alguma decepção na vida?
Dificilmente alguém passa pela existência sem sofrer uma desilusão, ou ter alguma surpresa desagradável em algum momento da caminhada.
Podemos dizer que o sabor de uma decepção é amargo e traz consigo um punhal invisível que dilacera as fibras mais sutis da alma.
Isso acontece porque nós só nos decepcionamos com as pessoas em quem investimos nossos mais puros sentimentos de confiança e amor.
Pode ser um amigo, a quem entregamos o coração e que, de um momento para outro, passa a ter um comportamento diferente, duvidando da nossa sinceridade, do nosso afeto, da nossa dedicação, da nossa lealdade...
Também pode ser a alma que elegemos para compartilhar conosco a vida, e que um dia chega e nos diz que o amor acabou, que já não fazemos mais parte da sua história... que outra pessoa agora ocupa o nosso lugar.
Ou alguém que escolhemos como modelo digno de ser seguido e que vemos escorregando nas valas da mentira ou da traição, desdita que nos infelicita e nos arranca lágrimas quentes e doloridas, como chama que queima sem consumir.
Enfim, só os nossos amores são capazes de nos ferir com a espada da decepção, pois os estranhos não têm esse trágico poder, já que seus atos não nos causam nenhuma impressão.
Assim, vale a pena algumas reflexões a esse respeito para que não nos deixemos atingir pela cruel espada da desilusão.
Para tanto, podemos começar levando em conta que, assim como nós, nossos amores também não são perfeitos.
E que, geralmente, não nos prometem santidade ou eterna fidelidade. Nunca nos disseram que seriam eternamente a mesma pessoa e que jamais nos causariam decepções.
Nós é que queremos que sejam como os idealizamos.
Assim nos iludimos. Mas só se desilude quem está iludido.
Importante que pensemos bem a esse respeito, imunizando a nossa alma com o antídoto eficaz do entendimento.
Importante que usemos sempre o escudo do perdão para impedir que os atos infelizes dos outros nos causem tanto sofrimento.
Importante, ainda, que façamos uso dos óculos da lucidez, que nos permitem ver os fatos em sua real dimensão e importância, evitando dores exageradas.
A ilusão é como uma névoa que nos embaraça a visão, distorcendo as imagens e os fatos que estão à nossa frente.
E a decepção nada mais é do que perceber que se estava iludido, enganado sobre algo ou alguém.
Assim, se você está amargando a dor de uma desilusão, agradeça a Deus por ter retirado dos seus olhos os empecilhos que lhe toldavam a visão.
Passe a gostar das pessoas como elas são e não como você gostaria que elas fossem.
Considere que você também já deve ter ferido alguém com o punhal da decepção, mesmo não tendo a intenção, e talvez sem se dar conta disso.
Por todas essas razões, pense um pouco mais e espante essa tristeza do olhar... Enxugue as lágrimas e siga em frente... sem ilusões. 
*   *   *
Aprenda a valorizar nas pessoas suas marcas positivas.
Lembre-se de que cada um dá o que tem, o que pode oferecer.
Uns oferecem o ácido da traição, o engodo da hipocrisia, o fel da ingratidão, pois é o que alimentam na alma.
Mas, seja você a cultivar em seu jardim interior as flores da lealdade, do afeto, da compreensão, da honestidade, para ofertar a todos aqueles que cruzarem o seu caminho.
Seja você alguém incapaz de ferir ou provocar sofrimentos nos seres que caminham ao seu lado.
Um abençoado fim de semana para todos nós !

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Os primeiros "passos"...


Boa noite pessoas !

Hoje estava de folga (raridade...humpft). O dia quente por demaissssssss, aquela malemolência própria de dias assim, sem muito o que fazer, além de cozinhar é claro...hehehehe ! De manhã cedinho escutava a melodia de inúmeros pássaros que povoam nossas redondezas. Muitos deles ficam aqui bem pertinho, um ou outro em cima do telhado da garagem, no muro de casa, na árvore em frente...Sons variados, mais especificamente das sabiás-laranjeiras e bem-te-vis que são a maioria.

Lá pelas dez da matina, reparei num pardalzinho aqui no páteo externo. Dava uns pequenos voos e não saía do local. Isso me chamou a atenção mas, como estava saindo para as compras, deixei pra lá...

Depois de almoçar, ao fechar a cortina de meu quarto, reparei que o pequeno pássaro continuava por ali. Saí então na tentativa de ver se auxiliava o passarinho na sua busca de "liberdade", posto que imaginei ser o mesmo ainda novinho, recém saído do ninho e em sua primeira tentativa de voar pelo céu azul. Me aproximei mas não fiz nenhum outro movimento. Fiquei espiando : o pequerrucho tentou mais uma vez, outra, e nada...ia de um lado pro outro do terreno sem alcançar o muro (alto) que rodeia a propriedade.

Porém, tudo na vida é força de vontade e instinto de preservação. Noutra tentativa, ele voou até o portão da garagem, ficou em cima do trinco de abertura ( à meia altura do muro) e, zummmm ! Conseguiu transpor o muro e, acompanhando o seu voo, "aportar" numa árvore na casa em frente à nossa. Lá, certamente, era o ninho do guri (ou seria guria ????...hehehe). Retornei para meu quarto feliz. Nada como a perseverança para nos mostrar que os "caminhos" são tortuosos por vezes, mas não intransponíveis. 

Ou é diferente quando nossos "pequenos" iniciam seus primeiros passos ? Engatinhando, sentando, aos poucos segurando-se em móveis e paredes e, de repente, zummmmmmm...estão em pé, tentando caminhar sozinhos, vislumbrando braços ansiosos do outro lado a dizer : vem bebê, vem com mamãe (ou papai, vovó, vovô...). Tentam, e lá vão eles de bundinha no chão....hehehehe ! Mas seguem tentando, perninhas tortas, passinhos atravessados, mas seguem...e conseguem ! 

E aí, tornam-se pela primeira vez VENCEDORES !

Que diferente seria, nosso mundão de Meu Deus, se todos seguissem assim vida afora : Vencedores ! Que jamais desistissem de tentar, de buscar seus sonhos, de conquistar suas vitórias "suadas", sem tréguas, sem choros demasiados (só os suficientes para limpar os olhos e as almas)...Que mantivessem sua fé em uma força Superior, capaz de nos auxiliar em todos os momentos de dificuldade. Que fossem "provados", testados, até à dor : isso faria com que tirassem lições dos erros e aprendessem que nem tudo são flores à beira do caminho.

Os primeiros "passos" são importantíssimos, em todos os sentidos. Sei bem do que falo e escrevo...

Um abençoado fim de dia para todos nós !

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Saudades de Diva...


Boa noite pessoas !

Hoje, mamãe completaria 78 primaveras. Nos deixou ano passado, dias após completar 77 anos. A saudade que todos sentimos da sua presença física é incomensurável. Habitando uma esfera superior, sendo "tratada" por seus mentores espirituais, sabemos que de lá Diva nos inspira para continuarmos a caminhada com perseverança e fé, com união e Amor. Na foto, exceto meus filhos que não puderam estar presentes, comemorávamos seus 75 anos. Filhos, nora, genros, netos e bisnetas...

Um poema para ti Mãe querida, com meu beijo carinhoso e o desejo de que te mantenhas em vibrações constantes por nós, que cá permanecemos, e muito te Amamos...hum rum !

Para Sempre

Por que Deus permite que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento.

Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio. Mãe, na sua graça, é eternidade. Por que Deus se lembra - mistério profundo - de tirá-la um dia? Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei: Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho.

(Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A melhor parte de Amar...


As declarações de amor revelam muito do que vai em nossa alma. Por vezes elas nos descrevem com perfeição. Elas contam se somos possessivos ou ciumentos, se deixamos espaço para o outro crescer como indivíduo ou não. Por exemplo, quando somos enfáticos demais no Eu preciso de você; no Não consigo viver sem você, revelamos, mesmo sem querer, que nosso amor é mais carência do que doação.

Amar o outro, tendo, como razão e sustento desse amor, tudo aquilo que o outro nos dá, isto é, tudo que recebemos do parceiro, é certamente um amar frágil, que pode não se manter por muito tempo. Basta que o outro não mais nos forneça o que estava nos oferecendo, que não mais atenda nossas expectativas, para que todo aquele dito grande amor desapareça, como em um passe de mágica.

Recentemente, ouvimos uma declaração de amor que nos chamou a atenção, por apontar uma direção um pouco diferente da comum. Dizia assim:
A melhor parte de amar é ser o alguém de outra pessoa, e eu quero ser este alguém, o seu alguém...

Vejamos que o princípio por trás da frase é diferente, e bastante nobre. Muito mais compatível com o verdadeiro sentido do amor, o amor maduro. Querer ser o alguém da outra pessoa é identificar que o outro também tem expectativas, que também quer ser amado, e se colocar na posição de dar-se ao outro, e não só na de receber, o que é bastante egoísta.

As jovens e os jovens, em determinada idade, quando das primeiras paixões, chegam a fazer listas de exigências. Como ele ou ela precisam ser para ganhar o meu coração?...Notemos que, em momento algum, consideramos que o outro também tem sua lista, suas expectativas. Pensamos apenas em preencher a nossa, o que eu quero, o que eu sonho. Mas e o outro? Não tem sonhos? Será que podemos atender aos anelos da outra pessoa? Será que preenchemos a lista dele ou dela? E que esforços fazemos para isso?

Assim, querer ser o alguém do outro é levar tudo isso em consideração sempre, e não apenas exigir e exigir constantemente. Nesse nível de amor perceberemos que o que nos completa, o que nos faz feliz numa relação, é também o quanto fazemos pelo outro, o quanto nos doamos à outra pessoa. Dessa forma, esse patamar de amor nunca nos fará frustrados.

Precisamos enxergar a tal via de mão dupla das relações amorosas, através de uma nova perspectiva, mais inteligente e mais altruísta. Querer ter outra pessoa ao lado, apenas para nos preencher, como se diz, é muito perigoso e frágil. A relação a dois é muito mais do que isso.

Amar precisa sempre vir antes do ser amado. É o amar que nos fará grandes no Universo e não o ser amado. Foi o amar de tantos Espíritos iluminados que garantiu que a Terra continuasse a existir, e não sucumbisse por inteiro nas mãos do orgulho e do egoísmo.

Que eu procure mais amar do que ser amado, pois é dando que se recebe...

(Momento Espírita)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Setembro, e eu...(parte II)


Boa noite pessoas !
Como escrevi ontem, este mês é muito marcante em minha vida. Além de ser o início da Primavera, a estação do ano que mais gosto, sempre esteve presente em minha vida, das formas mais variadas possíveis, quer fossem ou sejam de alegrias, e de algumas tristezas também...mas, como diria Moniquinha, a vida é cíclica e vamos caminhando conforme nos é ditado pelo Alto...

Em setembro de 1989 eu mudei para Florianópolis, após minha família já estar instalada no Estreito desde Maio do mesmo ano. Houve demora na minha transferência pela Caixa. Só eu sei o que passei nos longos e quase cinco meses até a concretização de minha mudança. Meus filhos eram pequenos ainda, e sentia uma saudade apertada (apesar de visitá-los todos fins de semana). Devo ter mais horas de estrada Curitiba/Floripa do que muito motorista...hehehe !

Floripa era um "mundo novo", de mudanças e muitas oportunidades profissionais. Mas, apesar de saber que poderia alcançar cargos mais elevados na empresa, o que me motivou na mudança foi o fato de estar mais próximo do mar, da natureza, de muitos amigos que já fizera por lá. Na Caixa, não almejava nada muito a curto prazo, satisfazendo-me com as atividades em uma Agência (Beira-Mar Norte) e o horário das 10:00 às 16:00 horas. Pensava assim ter mais tempo para a família e o lazer...ledo engano ! Quem me conhece sabe que não fujo às minhas responsabilidades e nem nego desafios. E assim ocorreu, mais rapidamente do que podia imaginar. Em poucos meses na cidade nova, já era elevado ao cargo de Gerente de Núcleo, com atribuições ainda de Eventualidade na Chefia de Divisão...era só o início de alguns anos de muito suor, dedicação extrema e viagens...muitas viagens...

Mas, isso é assunto para mais adiante...

Hoje, vim aqui para agradecer à uma pessoa, mais especificamente à uma MULHER...assim mesmo, com M maiúsculo. Uma Mulher que mudou minha vida, que a transformou de uma vida de sonhos sem fim, em uma realidade palpável. Que me mostrou o caminho da segurança e da resignação. Que me fez sofrer também, com ataques de ciúmes e possessão, sentimentos que eu até então abominava...caráca, muito cruel isso...hum rum ! Péra, deixa melhorar isso : eu comecei a sentir ciúmes e ter acessos de possessão...ficou claro ? Hehehehehe...

Mônica entrou em minha vida quando eu mais necessitava de palavras amigas, de conforto espiritual, de uma voz a me mostrar o caminho a seguir. No momento em que eu precisava de alguém para me dizer : Nando, você está errado, deixa de sonhar alto, deixa de ser tão presunçoso, deixa de lado esse orgulho besta...Rimos muito juntos. Dizem que as pessoas que nos fazem bem são aquelas que conseguem arrancar gargalhadas de nossas bocas e almas. Choramos juntos, igualmente. Ainda choramos...por qualquer lembrança mais profunda, pela perda de nossos entes queridos...não costumamos represar as lágrimas. Isso é muito importante...

Nos perdoamos por erros cometidos. Nos amamos em silêncio, muitas vezes. Em algumas ocasiões nossa cumplicidade e sintonia eram tamanhas,  que costumávamos ficar boquiabertos com o desenrolar dos fatos. Já ouvi e li muito sobre almas gêmeas. Prefiro ainda crer no reencontro de almas afins. E, assim, foi desde o primeiro dia em que pisei na sala de sua casa, confrontando-me com pessoas e ambientes que, tenho certeza, já haviam feito parte de uma outra vida minha...

Voltamos para aparar algumas arestas, para aprimorar nossa espiritualidade, para nos permitirmos um maior conhecimento de nós mesmos...Hoje, completam-se 10 anos que "conheço" Mônica. Já nos falávamos pela internet desde Junho de 2002 mas, foi em 12 de setembro de 2002 que nos enamoramos. Nesta década de relação, o que guardo no peito é a certeza de que a Amo, muito, e sei que sou Amado. Faço parte de suas orações diárias, e ela das minhas. Desejo-lhe a felicidade plena, a mesma que ela me deseja. Eu, cá em Curitiba, ela no Riozão de Janeiro mas, ambos, unidos por uma mesma Lua Cheia, que surge abusadérrima no mesmo céu que admiramos.

Um beijo carinhoso e amoroso MCCD. Deus te abençoe! Força e Fé, sempre...tá ?

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Setembro, e eu...(parte I)


Boa noite pessoas ! Muito tempo sem vir aqui, neste cantinho de reflexão...problemas com o PC, ainda. Por isso resolvi "emprestar" o super/mega/hiper/ultra PC do sobrinho para poder postar, já que Setembro é um mês especial para mim...tanto para falar...

Primeiramente, pedir desculpas a alguns amigos que ficaram sem notícias minhas e, mesmo assim, se permitiram vir aqui ler minhas postagens e deixar comentários. Prometo responder o mais breve possível. Muitas saudades de minhas "meninas" Marília e Cris...humpft ! Hoje as encontro no Facebook, mas não é a mesma coisa. Até porque lá, invariavelmente, nossas páginas são recheadas de "convites" para isso, para aquilo...postagens "replicadas", muitas delas sem nexo algum, ou de mal gosto. Não gosto muito daquele ambiente não, sou sincero. Mas, como se tornou local de encontro com meus amigos e, principalmente, com meus filhos amados, dou uma espiadinha, respondo (mesmo sem poder teclar direito) e a vida vai seguindo seu rumo.

Falava na introdução que setembro é um mês especial...hum rum ! É sim ! Foi em setembro que casei (aliás no dia de hoje...) e daí vieram Rulian e Talita, meus grandes amores (logo chega meu amorzinho). No mesmo mês, nasceu Diva, minha saudosa mãe...dia 14 ela faria 78 anos. Nos deixou fisicamente no dia 22 deste mesmo mês, há um ano. No dia 12, amanhã, completam-se 10 anos que conheci Mônica, a pessoa que mudou radicalmente minha vida. Tanto falei dela por aqui...e creio que ainda vou falar, pelos próximos anos.

Falando dela, Mônica, estou lhe devendo muitas palavras, principalmente de consolo pela perda de seu pai no mês de Junho passado. Dr. Roberto era um Homem muito especial, em tudo que fazia. Probidade e lealdade, justiça e honestidade, sinceridade e dedicação, amor e alegria pelo trabalho e pela família...esses eram seus predicados, no meu sincero modo de ver. Nunca disse à Mônica como eu me sentia quando, em sua casa, via Dr. Roberto chegar de terno e gravata, cansado da labuta, porém com uma altivez a toda prova. Nele, enxergava o Fernando de outrora, quando igualmente extenuado da jornada na Caixa, eu adentrava ao lar e olhava para os olhos de meus filhos e, neles,  encontrava a paz merecida e a força para o dia seguinte...hum rum ! 

Lembro-me de minha primeira ida ao Rio de Janeiro e, da conversa que tivemos eu e Dr. Roberto, à beira da praia, caminhando lado a lado. Senti, literalmente, a necessidade dele "conhecer" um pouco mais sobre este "ser" que adentrara na vida de sua família e, especificamente, na vida de sua única filha. Lembro do "orgulho" com que ele anunciou, num churrasco com amigos, que "importara" um sulista para preparar as carnes...hehehehe ! Caráca, agora fiquei emocionado...pera aí...humpft....foram muitos momentos especiais vividos ao lado desse grande e eterno Líder. Pensam que foram só flores ? Nananinanão...tínhamos lá nossas diferenças. Mas, elas, as diferenças, ficaram no passado, e nunca, jamais, foram motivo para que as colocássemos em colóquio....ficaram nas entrelinhas da vida, e lá permanecerão, posto que dele somente guardarei as boas lembranças e os exemplos. Estes, me impulsionam...o mais, bem...é o de menos...

Se pudesse escolher uma frase para o epitáfio de Dr. Roberto, seria do ilustre e imortal Marthin Luther King : " A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio "...

Sei que Mônica, assim como eu, perdemos esses entes tão queridos. Quando escrevo perdemos, obviamente, quero dizer no convívio carnal. Ambos, Diva e Roberto, permanecem dentro de nós, guardados onde devem, do lado esquerdo do peito. Um dia os reencontraremos...não tenho dúvidas. Enquanto isso, espero que Moniquinha tenha forças suficientes para tocar o barco, já que ainda tem uma pessoinha que depende muito dela e, sei, ela contará com o apoio de seus milhares de filhos e filhas, dos familiares,dos amigos tão queridos e...de mim...sempre, nessa missão !

Espero poder voltar em breve para meus devaneios...




sábado, 2 de junho de 2012

Dor do erro...


Quem de nós pode avaliar a própria vida como uma estrada feita somente de acertos? Quem tem condições de afirmar que seus dias foram construídos de forma irrepreensível, de maneira correta?

Se bem analisarmos, perceberemos que os erros, tropeços e enganos são naturais em nosso processo de aprendizado, finalidade maior da nossa existência. Erramos, muitas vezes, por imaturidade. Portadores de valores ou sentimentos pouco nobres, acreditamos, ao elegê-los, que esses seriam os mais adequados para nos conduzir.

Assim, nos deixamos guiar ora pelo orgulho, ora pela vaidade. Ou, ainda, a soberba e a arrogância nos acompanham nas decisões e comportamentos ao longo da vida. Até que nos apercebemos que eles nos trazem dissabores e não são os melhores conselheiros e condutores da existência.

Mais maduros, calejados pela experiência, ao nos darmos conta de que aqueles não são os melhores valores para nos acompanhar, nem os melhores parâmetros para nos aconselhar, os abandonamos para buscar rumos mais felizes e saudáveis. Ao avaliarmos esses dias de equívocos, ao olharmos para trás, percebemos que não agimos por maldade. Apenas éramos imaturos e, talvez, um tanto levianos. Foi necessário que as dores decorrentes do erro e o peso das dificuldades nos forjassem na alma a tessitura da nobreza e do bem.
*   *   *
Assim ocorre com muitos pela estrada da vida. São vários aqueles que nos acompanham que agem dessa forma.

Servem-se de valores equivocados nos relacionamentos. Estabelecem padrões ilusórios para pautar seu comportamento. Buscam condutas reprocháveis na sua vivência. Agem como agíamos há pouco tempo para, logo mais, as dores da vida os convidar para as lições do aprendizado. Como sabemos disso, porque era exatamente assim que nos portávamos, até recentemente, não julguemos.

Aqueles que hoje agem de maneira equivocada, sem dúvida terão sobre os próprios ombros o peso dos seus erros, no justo reflexo que a vida oferece de tudo que fazemos. Se hoje, esses ainda agem assim, ofereçamos-lhes a compreensão, pois estamos cientes do que ocorrerá, em tempo imediato ou posterior. Se a vida já nos permitiu esse aprendizado, mais do que ninguém sabemos desnecessários o nosso reproche, nossa crítica e mesmo a nossa vingança para com aqueles que hoje erram.

Dessa forma, se os nossos caminhos se cruzam com os caminhos de criaturas ainda iludidas a respeito do verdadeiro significado da vida, aproveitemos a chance para cultivarmos compreensão, indulgência e perdão.

E deixemos que a vida, a seu tempo, e sob a tutela vigilante e amorosa da providência Divina, ofereça as melhores lições, para todos nós, que ainda temos tanto a aprender a respeito das coisas de Deus.

  (Momento Espírita)

domingo, 6 de maio de 2012

Aflições da Alma...



É natural, neste mundo, com suas necessidades e peculiaridades, que as preocupações com o nosso entorno consumam boa parte de nossas energias. São os compromissos financeiros a serem pagos, as atividades profissionais a realizar, a educação própria e a dos filhos a se construir. Enfim, são muitos e os mais variados os compromissos com o dia a dia do mundo.

Somados a esses, os que efetivamente fazem nosso compromisso para conosco mesmo, assumimos outros, que são trazidos pelo barco da ilusão, e consentimos seu atracar nas praias de nossas vidas. Assim, permitimo-nos ocupar o tempo na luta inglória contra os anos, na ilusão do não envelhecimento, esquecidos de que cuidar do corpo se faz necessário, sendo supérfluos os exageros.

Na busca do bem-estar físico, do salário que nos permita a vida confortável, deixamo-nos levar pelo exagero da ganância, pelo excesso da cobiça, usando as horas para amealhar, juntar moedas, ter fortunas. E, quando percebemos, toda nossa vida está voltada para as coisas puramente materiais. Vivemos todas as horas de nossos dias para o mundo exterior, e só para ele. Deixamo-nos lentamente esquecer da alma que somos, do Espírito que habita um corpo e passamos a viver como se fôssemos um corpo somente, sem alma.

Como decorrência desse comportamento, as aflições da alma surgem avassaladoras...

Descuidada e quase sempre esquecida, ela adoece por abandono e descaso, logo surgindo as aflições como consequência. Irrompem assim as distonias mentais, a depressão, a melancolia profunda, o desinteresse pela vida. Muitos afirmam que isso tudo surge do nada, de repente, sem causa externa ou aparente que possa ser identificada.

Porém, as aflições que nos tomam a alma são apenas o resultado do longo período de descuido a que nos entregamos.  Carentes de valores e estruturas nobres para enfrentar os desafios do mundo moderno, aturdimo-nos e nos afligimos.Como os momentos de reflexão, meditação, autoanálise não se fazem presentes e, ainda, o comportamento generoso, de solidariedade e gratidão à vida não se tornou hábito, a alma ressequida do investimento no amor, facilmente se perturba.
Desse modo, se a alma se apresenta aflita é porque clama mudanças em suas paragens íntimas. Se a mente, reflexo da alma, perturba-se, é porque carece do investimento inadiável de valores nobres.

Portanto, antecipar-se aos momentos de desassossego, buscando evitá-los, através das atitudes nobres, do bom pensamento e da autoanálise, é atitude de sabedoria e maturidade perante a vida...

(Momento Espírita)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Pipas ao Vento...



A pipa, também chamada papagaio de papel, pandorga ou raia, é um brinquedo que voa, baseado na oposição entre a força do vento e a força da corda segurada pelo operador.
Ela tem no vento o seu aliado, mesmo quando ele sopra em direção oposta. A pipa precisa do vento contrário para manter-se lá em cima.
Assim são as lutas da vida, companheiras que, tantas vezes, julgamos indesejáveis, que aparentam estar nos puxando para baixo e nos atrapalhando o caminho, quando na verdade, estão nos impulsionando para frente.
Os problemas encontrados na nossa caminhada nos mostram que chegou o momento de lutar ou, caso contrário, não encontraremos as soluções desejadas.
Não tenhamos a ilusão de que alcançaremos a felicidade futura sem esforço. As dificuldades fazem parte do processo de evolução de todos nós.
Problemas de saúde, na família, desentendimentos, desequilíbrios financeiros são mecanismos que as Leis de Deus nos oferecem para estimular-nos ao avanço.
Às vezes, as pequenas aflições encontradas no presente poderão servir de experiência para enfrentarmos uma grande adversidade que nos aguarda no tempo futuro.
Toda a vida é um processo contínuo de ação.
A luta é um desafio abençoado que a lei do progresso nos impõe.
Lutamos contra as nossas imperfeições, pela aquisição de valores morais elevados, por nos superarmos a cada dia no campo moral, ético, físico e intelectual.
Há lutas para defender os fracos, lutas contra preconceitos de diversos tipos, lutas pela paz, lutas para vencermos todos os problemas que nos afligem.
Sejamos como as pipas, que usam a adversidade para subir às alturas. Saibamos usar essas dificuldades para nos elevar e crescer na direção de Deus.
E que o nosso objetivo seja alcançar um céu de felicidade plena.
(Momento Espírita)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Um ângulo especial...


Era uma manhã de um dia de semana, desses de céu aberto e muito sol. Um trabalhador dirigiu-se para seu local de trabalho. Passando em frente a um templo religioso, decidiu entrar. Era uma sala muito ampla e ele sentou num dos últimos lugares, bem ao fundo.

Ali se pôs a fazer sua oração cheia de vida, dialogando com Jesus. Ouviu, então, em meio ao silêncio, uma voz de alguém, cuja presença não tinha percebido: Escute, venha aqui. Venha ver a rosa...Ele olhou para os lados, para a frente e viu uma pessoa sentada num dos primeiros lugares. Levantou-se e a voz falou outra vez: Venha ver a rosa.

Embora sem entender, ele se dirigiu até a frente e percebeu que sobre a mesa havia realmente um vaso, no qual estava uma linda rosa. Parou e começou a observar o homem maltrapilho que, vendo-o hesitante, insistiu: Venha ver a rosa.

Sim, estou vendo a rosa, respondeu. Por sinal, muito bonita. Mas o homem não se conformou e tornou a dizer: Não, sente-se aqui ao meu lado e veja a rosa...

Diante da insistência, o trabalhador ficou um tanto perturbado. Quem seria aquele homem maltrapilho? O que desejaria com aquele convite? Seria sensato sentar-se ali, ao lado dele? Finalmente, venceu as próprias resistências, e se sentou ao lado do homem.

Veja agora a rosa, falou feliz o maltrapilho...

De fato, era um espetáculo todo diferente. Exatamente daquele lugar onde se sentara, daquele ângulo, podia ver a rosa colocada sobre um vaso de cristal, num colorido de arco-íris. Dali podia-se perceber um raio de sol que vinha de uma das janelas e se refletia naquele vaso de cristal, decompondo a luz e projetando um colorido especial sobre a rosa, dando-lhe efeitos visuais de um arco-íris.

E o trabalhador, extasiado, exclamou: É a primeira vez que vejo uma rosa em cores de arco-íris. Mas, se eu não tivesse me sentado onde estou, se não tivesse tido a coragem de me deslocar de onde estava, de romper preconceitos, jamais teria conseguido ver a rosa, num espetáculo tão maravilhoso...
*   *   *

É preciso saber olhar o outro de um prisma diferente do nosso. O amor assume coloridos diversos, se tivermos coragem de nos deslocarmos de nosso comodismo, de romper com preconceitos, para ver o diferente e o novo.

Há uma rosa escondida em toda pessoa, que não estamos sendo capazes de enxergar. Há necessidade de sairmos de nós mesmos, de nos dispormos a sentar em um lugar incômodo, de deixar de lado as prevenções, para poder ver as rosas do outro, de um ângulo diverso.

Realizemos essa experiência, hoje, em nossas vidas. Procuremos aceitar que podemos ver um colorido especial onde, para nós, nada havia antes, ou talvez, de acordo com nosso modo de pensar, jamais poderiam ser vistas outras cores.

( Momento Espírita )

quarta-feira, 4 de abril de 2012

.Avós...


Boa noite pessoas ! Compartilhando com todos a alegria da noticia de que serei Vovô...humrum ! Meu filhote resolveu acrescentar mais alguns fios de cabelo branco nesta cabeça que vos escreve...hehehe ! Deus abençoe Ru e Nick...e ao Espírito de Luz que estará retornando em breve...Uma mensagem para reflexão, pois :

Uma avó, dizem, é uma mãe com açúcar. Um avô é um pai com doce de leite. Quase sempre os filhos se perguntam por que é que os seus pais, na qualidade de avós, deixam seus netos fazerem coisas que não permitiram a eles, filhos. Por que é que a avó deixa o netinho pular no seu cangote, dormir na cama entre ela e o avô, se não permitiu isso aos seus próprios filhos? Por que é que os netos, enfim, gostam, tanto da casa dos avós?

Um garoto de seus nove para dez anos, escreveu certa vez, mais ou menos assim: Uma avó é uma mulher velhinha que não tem filhos. Ela gosta dos filhos dos outros. Um avô é um homem-avó. Ele leva os meninos para passear e conversa com eles sobre pescaria e outros assuntos parecidos. As avós não fazem nada e por isso podem ficar mais tempo com a gente. Como elas são velhinhas, não conseguem rolar pelo chão ou correr. Mas não faz mal. Elas nos levam ao shopping e nos deixam olhar as vitrinas até cansar.

Na casa delas têm sempre um vidro com balas e uma lata cheia de suspiros. Elas contam histórias de nosso pai ou nossa mãe quando eram pequenos, histórias da Bíblia, histórias de uns livros bem velhos com umas figuras lindas. Passeiam conosco mostrando as flores, ensinando seus nomes, fazendo-nos sentir o perfume.

Avós nunca dizem "Depressa", "Já pra cama", "Se não fizer logo, vai ficar de castigo."

Normalmente, as avós são gordinhas, mas, mesmo assim elas nos ajudam a amarrar os sapatos. Quase todas usam óculos e eu já vi uma tirando os dentes e as gengivas. Quando a gente faz uma pergunta, a avó não diz: "Menino, não vê que estou ocupada!" Ela para, pensa e responde de um jeito que a gente entende. As avós sabem um bocado de coisas. As avós não falam com a gente como se nós fôssemos umas criancinhas idiotas, nem apertam nosso queixo dizendo "Que gracinha!", como fazem algumas visitas.

Quando elas leem para nós, não pulam pedaços das histórias, nem se importam de ler a mesma história várias vezes. O colo das avós é quente e fofinho, bom de a gente sentar quando está triste. Todo mundo devia tentar ter uma avó, porque são os únicos adultos que têm tempo para nós.

Bom, esta pode ser simplesmente a visão de um menino, mas convenhamos que contém muitas verdades. Os netos gostam dos avós porque eles são doces. Como a educação deles está sob a responsabilidade dos pais, eles não têm que se preocupar com este detalhe. Por isso, não se perguntam se está certo ou errado fazer um carinho ou um chamego a mais. Eles simplesmente fazem.

Também porque, ao longo dos anos, amadureceram os sentimentos, amam de uma forma mais serena, com doçura. Por isso fazem aos netos muitas coisas que não fizeram aos seus filhos. Mesmo porque, quando se tornaram pais, eram jovens, inexperientes, estavam preocupados em sustentar a família, em educar bem os filhos, em tantas coisas que não lhes sobrava tempo para o que hoje fazem com seus netinhos.

Por tudo isso não tenha ciúmes dos avós. Permita que os seus filhos convivam com os velhinhos, que os amem e sejam amados. Naturalmente, ninguém pretende nem imagina que os avós serão descuidados ao ponto de estragar com mimos exagerados os filhos dos seus filhos. Contudo, carinho, doçura e atenção de vovô e vovó é algo que todos devemos experimentar. É uma experiência que os seus filhos levarão para as suas vidas e lhes fará bem, nos momentos da adversidade e de solidão.

                    *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *
Filhos são Espíritos que aportam ao reduto doméstico a fim de que, na qualidade de pais, sejamos-lhes os condutores para o progresso. Nessa caminhada, não desprezemos as experiências de nossos próprios pais que nos conduziram a vida, até os dias presentes, ensejando-nos ser homens e mulheres dignos. Bebamos da sua sabedoria e os tornemos nossos aliados, nesse extraordinário e maravilhoso processo que se chama educação. Processo que mais primoroso será quanto mais amor houver para ser dividido e multiplicado.

(Momento Espírita, com base no livro Histórias para aquecer o coração das mães, de J. Canfield, Mark V. Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Schimoff)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...