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"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante..." (Caio F. Abreu)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Lâmpadas e inteligências

 
Boa noite pessoas. Primeiro, dizer que tá um frioooooooooooooo danado na terrinha, bom mesmo para ficar embaixo dos cobertores, tomando uma sopa de legumes com "músculo", lendo um bom livro. Mas, somos teimosos blogueiros que "precisamos" dar uma espiadinha em nossos (e de amigos) cantinhos de reflexão...hum rum ! Então, um pouco de Rubem Alves para nós...Desejo que todos tenham um abençoado fim de dia e um despertar em Paz...
 
As lâmpadas servem para iluminar. Para isso, são dotadas de potências de iluminação diferentes. Há lâmpadas de 60 watts, de 100 watts, de 150 watts... Esse número em watts diz o poder de iluminação da lâmpada. Também as inteligências servem para iluminar.
 
Nos gibis, o desenhista, para dizer que um personagem teve uma boa ideia, desenha uma lâmpada acesa sobre a sua cabeça. As inteligências, à semelhança das lâmpadas, também têm potências de iluminação diferentes. Os homens inventaram testes para medir a "wattagem" das inteligências. Ao poder de iluminação das inteligências deram o nome de "QI", coeficiente de inteligência.
 
As inteligências não são iguais. Pessoas a quem os testes inventados pelos homens atribuíram um QI 200, têm um poder muito grande para iluminar. Alguns, para se gabar, chegam a mostrar sua carteirinha, dizendo que sua inteligência tem uma "wattagem" alta. Mas, nós não olhamos para as lâmpadas. As lâmpadas não são para serem vistas. As lâmpadas valem pelas cenas que iluminam e não pelo brilho.
 
Olhar diretamente para a lâmpada ofusca a visão !
 
Há inteligências de "wattagem" 200 que só iluminam esgotos e cemitérios. E há inteligências modestas, como se fossem nada mais do que a chama de uma vela, que iluminam sorrisos. Uma lâmpada não tem vontade própria. Ela ilumina o objeto que o seu dono escolhe para ser iluminado.
 
A inteligência, como as lâmpadas, não tem vontade própria. Ela ilumina os objetos que o coração do seu dono determina que sejam iluminados. A inteligência de quem ama dinheiro ilumina dinheiro, a inteligência dos criminosos ilumina o crime, a inteligência dos artistas ilumina a beleza.
 
A inteligência é mandada. Só lhe compete obedecer...
 
(Rubem Alves - título original)

4 comentários:

Anônimo disse...

E nesse friozinho delicioso que não só chegou aí como aqui também rsrsr.. tem coisa melhor de que o belíssimo e encantador Rubem Alves? rsrsrs
Linda escolha Fernando!

Beijoquinhas super em seu coração..
Verinha

Márcinha Mendonça disse...

Tá eu me rendi e vim até aqui deseja uma linda, noite e abençoada e que teus dias sejam cada dia , mais iluminados hum hum, adoro te pois, e não é pouco não Sr.... Abraços meus e do Paulo.

Néia Lambert disse...

Fernando, eu sou fã de tudo que Rubem Alves escreve e esse texto é maravilhoso.

Um abraço

Elaine Freitas disse...

...epaaa.. de luz eu conheço! vamos iluinar rsrssr!

Eba, to de volta! aqui tá tã friozinho que a preguiça me pega em cheio...

Fernando, me presenteia com um cabeçalho para o meu blog? rsrs o seu está belííssimo! eu estou em fase de construção de um espaço mais agradável, qualquer ajuda é bem vinda!
Beijos Iluminados

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