Disse e repito : já li muitos livros, muitos mesmo...um dia parei de "contar" todas as obras sobre as quais pousei os olhos ávidos pelo saber...sei que, dos 15 aos 25 anos, eram mais de 100 por ano...hum rum ! Uma média de 1 livro a cada três dias...Hoje leio muito menos, os olhos já carecem de "lentes", e tomei gosto mais por escrever do que ler...mas tenho meus "preferidos" e, um deles, é Paris é uma Festa, de Ernest Hemingway, que traz as memórias parisienses do escritor americano...abaixo um trecho dele, que acho "supimpa" :
"Foi uma refeição maravilhosa a que fizemos no Michaud, quando conseguimos entrar. Mas quando terminamos e não sentíamos mais fome, a sensação que nos parecera fome ainda continuava dentro de nós. Continuava quando chegamos ao quarto e, depois de termos ido para a cama e feito amor, ainda estava lá. Quando acordei, com as janelas abertas e o luar nos telhados das casas altas, ainda estava lá. (...) Tinha de me esforçar para compreender o que se passava conosco, mas sentia-me demasiadamente estúpido. A vida tinha-me parecido tão simples naquela manhã quando despertei (...) Mas Paris era uma cidade muito antiga, nós éramos jovens e nada ali era simples, nem mesmo a pobreza, nem o dinheiro súbito, nem o luar, nem o bem e o mal, nem a respiração de alguém que, deitada ao nosso lado, dormisse ao luar".
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