Eu não tenho muitas respostas e as que tenho são impermanentes, como os invernos, os dias de céu de cara amarrada, os lugares de dor, os abismos todos, o bom uso das asas, os fios desencapados, as medidas e as desmedidas. Tudo passa, o que queremos e o que não queremos que passe, a tristeza e o alívio coabitam no espaço desta certeza.
Eu não tenho muitas respostas. O que eu tenho é fé. A lembrança de que as perguntas mudam. Um modo de acreditar que os tiquinhos de sol possam sorrir o suficiente para desarmar a sisudez nublada de alguns céus. E uma vontade bonita, toda minha, de crescer...
(trecho de Armadilhas - texto de Ana Jácomo)
P.s : enquanto postava, estava terminando o seriado Amor em 4 atos na Globo e uma frase me chamou a atenção dita por "Evelyn" para "Rafic" : não é porque a noite está nublada que as estrelas sumiram...hum rum...gostei
Um comentário:
Olá Nando!
E está ultima frase ai, me lembra outra bem parecida:
Não é porque não acreditamos em algo que este não exista.
Muito linda a postagem...li aos pouquinhos, saboreando cada linha.
Bjos Nando.
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