Minha querida amiga Fê Barcellos pediu uma colaboração ao blog recém criado por ela : osintelectuaiseodireitodepunir.blogspot.com...
Daí, matutei daqui, matutei dali...o que posso escrever ? Que assunto focar, que matéria criar, quiçá um poema ? Humpft...há muito deixei de escrever poemas. E olha que foram muitos. Minha filhota Talita ainda guarda um caderno (sim caderno...é sério), onde rabisquei a mão algumas coisas nos anos 80. Até podia utilizar naquela época a Remington, portátil e na caixa, que possuíamos, ou então ir ao escritório de meu avô Ricardo e usar a Royal anos 50 dele...
Euréka ! Taí um bom assunto ! Era mais ou menos assim : você tinha que ter o curso de datilografia para poder arrumar um emprego melhor. E o início do curso era : teclar a, s, d, f, g...muitas, repetidas vezes, para depois passar para as demais letras. Podia durar em média 1 mês, ou 2, dependendo do tempo de aula e a periodicidade. As máquinas maiores tinham as teclas pesadérrimas e, quando você errava o dedo e, o afundava entre as ditas cujas, caráca...doía pra dedéu...hehehe...
O ideal para ser um "exímio" datilógrafo, era conseguir perto de 200 toques por minuto...a maioria das empresas e repartições aceitavam os candidatos com média acima de 140 toques. No concurso da Caixa Federal, eu consegui datilografar um texto com aproximadamente 1.200 toques, em menos de 6 minutos. Como o limite eram 10 minutos, utilizei o verso da folha para continuar datilografando...
No início ainda não haviam máquinas com os "corretivos"...a Olivetti lançou a primeira, elétrica, cujas letras ficavam em uma esfera...no modelo seguinte, vinha uma "fita" corretiva. Aí você teclava o "retrocesso" e "apagava" os erros cometidos...mas dava um trabalhão e não ficava uma coisa assim, tipo, perfeita...depois vieram as máquinas eletrônicas, e essa função corretiva melhorou muito...
Hoje, acabei de escrever um monte de baboseiras e, se não achar legal, só dou um DELETE (após selecionar o texto claro) e pronto....EURÉKA ! Os homens avançaram muito né ? Opa...alguém vai dizer : os homens não, as máquinas, a informatica, a robótica, etc...mas saiu da cuca de um ser humano não saiu ? Pelo menos ainda não vi máquina criar máquina...sozinha...ou será que existe já e eu é que tô ultrapassado ? Como as antigas máquinas de escrever/datilografar...
Bem, tenho saudades de minha Lettera 22, da minha Olivetti Praxis, da Remington 33L e, principalmente, daquela jóia chamada ROYAL de meu avô. Explico : foi nela que escrevi meus primeiros poemas enviados ao saudoso colunista da Gazeta do Povo, ANTONIO SALOMÃO ( a coluna chamava-se "A vista do meu ponto" ). Foi nela também que, um dia, após uma discussão com meu avô (inédita) e, ele em viagem, escrevi uma carta intitulada "Um pequeno Grande HOMEM" ! Meu avô tinha 1,60 m acredito...Coloquei o texto dentro de uma caixa, juntamente com um Tio Patinhas de plástico, utilizado na época para festas de aniversário como enfeite de parede...
Quando "seu" Ricardo abriu a caixa, em casa, minha vó Rosa me contou que ele chorou muito. Na realidade, utilizei palavras muito duras para criticar algumas atitudes dele e a mania de ser meio pão duro. Mas, do alto dos meus 19 anos e, até hoje, não consegui ser muito rude nem cruel. Então finalizei a carta repetindo o título da mesma...meu avô foi, e para sempre será, um pequeno GRANDE HOMEM !
Finalizando, hão de me perguntar : sim, e daí ? O que isso tem a ver com o "título" do Blog e deste post ? Sempre fui um bom aluno de Português e, por utilizar quase que sempre corretamente a gramática, fui taxado entre meus pares de intelectual. Pois bem, naquele longíquo ano de 1976 me permiti "punir" uma das pessoas que mais amei na vida...
Era isso...
Daí, matutei daqui, matutei dali...o que posso escrever ? Que assunto focar, que matéria criar, quiçá um poema ? Humpft...há muito deixei de escrever poemas. E olha que foram muitos. Minha filhota Talita ainda guarda um caderno (sim caderno...é sério), onde rabisquei a mão algumas coisas nos anos 80. Até podia utilizar naquela época a Remington, portátil e na caixa, que possuíamos, ou então ir ao escritório de meu avô Ricardo e usar a Royal anos 50 dele...
Euréka ! Taí um bom assunto ! Era mais ou menos assim : você tinha que ter o curso de datilografia para poder arrumar um emprego melhor. E o início do curso era : teclar a, s, d, f, g...muitas, repetidas vezes, para depois passar para as demais letras. Podia durar em média 1 mês, ou 2, dependendo do tempo de aula e a periodicidade. As máquinas maiores tinham as teclas pesadérrimas e, quando você errava o dedo e, o afundava entre as ditas cujas, caráca...doía pra dedéu...hehehe...
O ideal para ser um "exímio" datilógrafo, era conseguir perto de 200 toques por minuto...a maioria das empresas e repartições aceitavam os candidatos com média acima de 140 toques. No concurso da Caixa Federal, eu consegui datilografar um texto com aproximadamente 1.200 toques, em menos de 6 minutos. Como o limite eram 10 minutos, utilizei o verso da folha para continuar datilografando...
No início ainda não haviam máquinas com os "corretivos"...a Olivetti lançou a primeira, elétrica, cujas letras ficavam em uma esfera...no modelo seguinte, vinha uma "fita" corretiva. Aí você teclava o "retrocesso" e "apagava" os erros cometidos...mas dava um trabalhão e não ficava uma coisa assim, tipo, perfeita...depois vieram as máquinas eletrônicas, e essa função corretiva melhorou muito...
Hoje, acabei de escrever um monte de baboseiras e, se não achar legal, só dou um DELETE (após selecionar o texto claro) e pronto....EURÉKA ! Os homens avançaram muito né ? Opa...alguém vai dizer : os homens não, as máquinas, a informatica, a robótica, etc...mas saiu da cuca de um ser humano não saiu ? Pelo menos ainda não vi máquina criar máquina...sozinha...ou será que existe já e eu é que tô ultrapassado ? Como as antigas máquinas de escrever/datilografar...
Bem, tenho saudades de minha Lettera 22, da minha Olivetti Praxis, da Remington 33L e, principalmente, daquela jóia chamada ROYAL de meu avô. Explico : foi nela que escrevi meus primeiros poemas enviados ao saudoso colunista da Gazeta do Povo, ANTONIO SALOMÃO ( a coluna chamava-se "A vista do meu ponto" ). Foi nela também que, um dia, após uma discussão com meu avô (inédita) e, ele em viagem, escrevi uma carta intitulada "Um pequeno Grande HOMEM" ! Meu avô tinha 1,60 m acredito...Coloquei o texto dentro de uma caixa, juntamente com um Tio Patinhas de plástico, utilizado na época para festas de aniversário como enfeite de parede...
Quando "seu" Ricardo abriu a caixa, em casa, minha vó Rosa me contou que ele chorou muito. Na realidade, utilizei palavras muito duras para criticar algumas atitudes dele e a mania de ser meio pão duro. Mas, do alto dos meus 19 anos e, até hoje, não consegui ser muito rude nem cruel. Então finalizei a carta repetindo o título da mesma...meu avô foi, e para sempre será, um pequeno GRANDE HOMEM !
Finalizando, hão de me perguntar : sim, e daí ? O que isso tem a ver com o "título" do Blog e deste post ? Sempre fui um bom aluno de Português e, por utilizar quase que sempre corretamente a gramática, fui taxado entre meus pares de intelectual. Pois bem, naquele longíquo ano de 1976 me permiti "punir" uma das pessoas que mais amei na vida...
Era isso...
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