Houve um tempo em que na minha janela havia um pequeno jardim seco.
Era um tempo de estiagem,de terra esfarelada,e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega:era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Era um tempo de estiagem,de terra esfarelada,e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega:era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
(Cecilia Meireles - título original)
3 comentários:
Eu acredito que é preciso aprender olhar... Ver o lado bom da vida, mesmo nos momentos felizes.
É um aprendizado que vale a pena.
Bjs.
Postar um comentário