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"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante..." (Caio F. Abreu)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Como nossos Pais...

Ontem a noite pensei muito no cantor nordestino Belchior, que anda "desaparecido"...quer dizer, estava, até a Globo encontrá-lo no Uruguai em 2009. Muitas versões contraditórias sobre esse seu "sumiço"...hum rum...Mas será que isso muda a discografia dele ? Suas composições ? Seu legado à MPB ? Perguntem para Regina, a imortal ELIS...(lá no ALTO, que seja)...

Prestenção pessoas...não tava com saudades do bigodão estilo vassourinha não ! Nem em relação ao seu proeminente nariz, estilo Cyrano de Bergerac (aliás, Gerard Depardieu, desculpa aê, mas acertaram quando te colocaram no filme...hehehe). É que me peguei cantarolando a sua música que dá título a esta postagem e, era, divinamente interpretada pela saudosa ELIS...hum rum ! A letra é tão atual (apesar de ter sido lançada em 1976)...

Diria, atualíssima. Domingo passado, na festa da família, conversávamos sobre "passado", eu e meus afetos. Sobre o tempo em que brincávamos na frente de casa até altas horas da madrugada (em fins de semana e feriados, claro) sem nos preocupar com assaltantes, traficantes, veículos aos borbotões invadindo nossas calçadas e ruas. Era uma época de paz, e de AMOR. Os vizinhos sentavam-se nas calçadas em cadeiras para trololar sobre o cotidiano, ou para atualizarem as fofocas, óbvio...tem coisas que não mudam nunca.

" Já faz tempo e eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida...Na parede da memória esta lembrança é o quadro que dói mais..."...humpft ! Hoje, ou "trancamos" os filhos em casa, mediante chantagem "tecnológica", e os vemos crescer feito robôs os quais, sem uma parafernália cibernética não sobrevivem ao mundo "terreno", ou deixamos que cresçam livres, sujeitos a todas as mazelas, vícios, informações, que as ruas das nossas cidades vão lhes oferecer.

"Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina...Eles venceram e o sinal está fechado prá nós, que somos jovens...". E os perigos são muitos. Muitas vezes sem uma base sólida de educação no lar e nas escolas, os jovens deixam-se seduzir por aquilo que está na "moda". Moda é falar palavrão (principalmente as meninas). É usar roupas justíssimas, expondo seu corpo (no caso das mulheres) a um "mercado" cada vez mais exigente no sentido de que, se não tens um corpo sarado e o deixa à mostra nos vãos indumentários, tu não tá com nada, sacou ? Se não beber, então, caráca...é uma alienígena !

Os rapazes se vestem à La Restart, usam cabelos à La Bieber, são malhados em academia (se for magrelo vai sofrer bulling certamente). Usam camisetas estilo baby look, e tênis que mais parecem plataformas espaciais. Gente, camisa apertadinha, cabelos compridos ou com gel (brilhantina nos bons tempos), calças apertadas e coloridas e, sapatos plataforma, são da geração Hippie (eu sei, eu fui...). Só que preferíamos as flores às armas (inclusive as mãos de pretensos lutadores). Preferíamos a flauta aos cachimbos de crack. Gostávamos de música sim, e da boa, mas não éramos afeitos à baderna das festas Rave e a sacanagem explícita de alguns bailes Funk. Jogávamos bola e íamos aos Estádios, mas não depredávamos ônibus ou nos degladiávamos até a morte.

Pessoas, tenho mais de cinquentinha, mas nem por isso deixo de gostar do "novo", do inusitado, do belo. Só não gosto da forma com que vejo a nossa juventude desperdiçar seu tempo. Por isso não temos bons políticos. Por isso, não possuímos mais e mais bons professores como antigamente. Por isso faltam profissionais em cargos graduados no Brasil. Tudo é festa, e futilidade...Há que se viver a juventude, mas de forma regrada, sob pena de, lá na frente, termos que enfrentar "justiça" e consciência, e "pagarmos" pelos nossos atos. Somos donos deles, mas reféns de suas consequências (diria Mônica).

Mas isso vem da "base"...hum rum ! Passaram-se gerações, mas seguimos orando quando nossos filhos não estão em casa, para que nada de mal lhes aconteça. Seguimos com medo de nossas próprias sombras. Elegemos os mesmos políticos (éka...). A saúde, a educação, a segurança pública, seguem sendo assunto só nas eleições. Prostituta, virou acompanhante e/ou massagista. O que antes era maconha, LSD, agora é OXI, letal. 

Podes crer, nós tentamos. De verdade e coração. Tentamos imprimir uma outra velocidade ao mundo, dar-lhe cores mais amenas, seguir os ensinamentos do Mestre JESUS e de alguns poucos abnegados "ícones" do BEM : Madre Teresa, Irmã Dulce, Marthin Luther King, Gandhi, Papa João Paulo II, Chico Xavier...

"Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos Pais..."

Ainda bem, graças a DEUS, que existem exceções. Mas "uma" andorinha só, não faz verão !

7 comentários:

Néia Lambert disse...

Seu texto é encantador e muito real e a música, de fato, é muito atual!

Um abraço.

Anônimo disse...

Entramos numa geração que realmente não sabem o que é viver.. o que é desfrutar de tudo que temos ao nosso dispor.. saudosismo??.. talvez.. mas com certeza com um sabor de que não deixamos a vida passar sem saber o que era realmente estar vivo.. o que infelizmente esta geração não saberá ou nem poderá dizer o mesmo!

Beijoquinhas super em seu coração Fernando!
Verinha

Mariz disse...

É verdade, parece q as pessoas hj não vivem, a correria as deixa fora de si e não há tempo para nada, nem para os filhos q crescem muitas vezes sem o devido carinho e atenção...a juventude não é mais a mesma, mas felizmente continuamos os mesmos.

beijos...Mariz 。✿゚

Julieta disse...

Olá
Vim agradecer o carinho lá no meu cantinho e me desculpar por estar tão ausente,o corre,corre do dia a dia tem me tirado o tempo,mas sempre q der vou aparecer ok.
Saudadessss
Uma bela quinta
Beijosss

ANA ROOS disse...

Oi Fernando!

É irmão... amigo... duro é perceber que seremos sempre como nossos pais, mas não viveremos como eles, apesar de dentro de nõs querermos os mesmo, a vida não nos dá mais o mesmo, eu me lembro muito de brincar na rua, hoje as crianças só ficam dentro de casa jogando, assistindo TV, usando seus aparelhos tecnolpogicos, e o que se pode fazer?

Sou professora, de alguma forma tento resgatar algumas brincadeiras, bem como faço eles refletirem suas atividades em casa, seus gostos por alimentos não saudáveis, sabe que tem alunos que levam de lanche todos os dias aqueles salgadinhos fedidos e hiper tóxicos? Fico pra morrer, o pior é que a diretora da escola não me permite que eu proíba, mesmo com o consentimento dos pais...

Ah Fernando, boa reflexão, mas antes de partir saudosa, eu acrescento aqui, façamos nós conscientes a nossa parte, eu a minha você a sua, pouco a pouco, mesmo que não voltemos ao que era antes podemos ao menos fazer com que essa juventude de hoje saiba escolher melhor a vida que quer ter, veja um exemplo: apesar da minha filha ficar muito na internet, e eu também, usamos para um bem, leitura, estudo, conversar com pessoas amigas que nos fazem bem, no meu caso até amar, e ela também tem um blog, no Tumblr, uma graça, é meio diferente do que a gente faz... Mas é bom pra ela, infelizmente nao posso deixar de trabalhar pra ficar com ela, e ela não tem mais uma amiga pra ficar com ela aqui em casa... Bem o jeito que a vida dá pras coisas que temos que vier certo?
Bem agora chega, quase que fiz um post aqui.... bjus

Vivian disse...

Bom dia,Fernando!!

E como me preocupo com isso...mas temos que fortalecer os filhos para que eles vivam bem.Sendo pessoas honestas, um bom cidadão!
Tem (graças à Deus) exceções!!
Quem sabe um dia estas exceções seja regras?
beijos!!

Marília Felix disse...

Como já dizia John Lennon: Nada contra pessoas normais, é só que elas são...
Sem Graça!

Nando, muitas saudades de você!
Andas muito sumido...rs.
(como se eu não andasse tbm...rsrsrs)

Bom, boa tarde e uma linda noite pra ti!

=))

Abracejos!

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