Boa noite pessoas. Aí abaixo postei mais um texto do imortal GIBRAN. Gosto demais da obra dele. Li "O Profeta" repetidas vezes, e devo ler muito mais ainda. Depois de postar, fui dar uma espiadinha no céu lá fora, conversar um pouco com minhas irmãs (não, não as de sangue, mas aquelas que residem na vastidão do céu). Aliás, o céu que ao entardecer estava quase "limpo", somente pontilhado pelo brilho das manas, agora enche-se de nuvens escuras...é, a previsão para amanhã, frio, chuva, trovões, raios, etc...que pena !
Faço isso com regularidade, ou seja, dar uma arejada na mente divagando fora de casa. A cabeça nem sempre está leve (hoje não está), são "ene" coisas que ficam ali, na cachola, incomodando. É um tantinho de saudades de meus filhos, os problemas do cotidiano, ansiedade para o dia que vai chegar. Caráca ! Agorinha disse para mim mesmo : - Fernando, é um dia de cada vez, e só...parece que tu desaprendeu ? Não dá para mudar o ontem, nem prever o que será do amanhã...não dá. Isso é escancaradamente dito e escrito por aí. Então porquê, carambolas, a gente se pega sempre em "tentação (ou seria masoquismo ? ) abrindo baús que deveriam permanecer fechados, ou tentando colher frutos que ainda não estão maduros ?
Vai saber né ? Humpft...! Tava espiando o blog de Mônica, e ela postou sobre alguma coisa parecida : um "guarda-mente" ! Isso...uma caixinha imaginária na cacholinha onde guardaríamos tantas coisas, e deixaríamos até que algumas virassem poeira, para não ficarem "cutucando" vez ou outra. Cada um de nós foi feito em fôrma única, depois descartada. Hum rum ! Mas somos tão "parecidos" quando o assunto é : sentimentos, lembranças e sonhos !
Lya Luft escreveu :- " A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida. Eu gostaria que na correria da época atual a gente pudesse se permitir, criar, uma pequena ilha de contemplação, de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as coisas: com mais generosidade, mais otimismo, mais respeito, mais silêncio, mais prazer. Mais senso da própria dignidade, não importando idade, dinheiro, cor, posição, crença. Não importando nada..."
Estava lendo isso ontem a noite. Por isso saí a conversar com as estrelas. Para vislumbrar lá na frente um mundo diferente, mais generoso, mais cuidadoso com as coisas da natureza, com mais amizades e muito mais alegrias. E isso não é "olhar para a frente" ? Para o futuro ? Mas não há que se pensar somente no dia presente ? Paradoxal isso...é sim. Mas também, quem mandou dar o título do "post" de tudo junto e misturado ?...hehehe !
Tenho uma caixinha de recordações, física, além da caixinha na cabeça. Nela, passagens, cartões, bilhetes, cartas, livros, fotos, mimos...Um dia pensei em me "desfazer". Até o nobre Shakespeare concordaria : " conservar algo que possa recordar-te, seria admitir que eu pudesse esquecer-te ". Ele escreveu. Mas não tive coragem. Em cada "pedacinho" de lembrança, há um pouco (ou muito) de minha história de sobriedade. Deixo então elas fazerem parte de meu propósito de viver um dia de cada vez ! Mas.................
Ps: o texto de Gibran (abaixo) tem muito a ver com meus devaneios....
Um comentário:
Gibran é um primor! ganhei o livro O Profeta numa brincadeira de amigo secreto, acho que foi o melhor presente.
Um abraço
Postar um comentário