Primeiramente dizer que gosto de ler KUNDERA...
Sempre imaginamos viver um amor eterno. Desde a nossa adolescência, a primeira namoradinha, aquele bater descompassado do coração, mãos suadas e frias... cremos que a felicidade reina soberana e, jamais, perderemos aquele brilho nos olhos, aquele andar pausado, aquela ânsia em estar juntos. Os anos passam, aumentam as responsabilidades, o amor passa a ser condicional : se temos condições, amamos, caso contrário, preferimos nos abster a manter relações e voltamo-nos ao próprio EU, analisando, pesquisando, buscando respostas à tantas indagações em nossas vidas. Não deveria ser assim.
O amor deveria ser incondicional, não importando barreiras, preconceitos, desvios...uma reta, isso ! Uma reta. Um “norte”, um objetivo único e verdadeiro. Um obstáculo de fácil transposição. Mas não é assim né ? Impomos sempre um condição : me ama, eu te amo ! me alegra e eu te alegro ! me estende a mão e te darei a minha ! não sofras, sofrerei contigo ! não chores, senão chorarei também ! Tudo é condicional. Não importa que pareça egoísmo, mas queremos estar sempre bem, felizes, sorridentes...deixa para lá a outra parte, ela tem seu próprio caminho, seu livre arbítrio, não será difícil superar sozinha os percalços !
É isso. Vivemos de condições, sejam elas materiais ou espirituais. Se temos mais condições, sempre estaremos um passo à frente, porque deteremos o poder de dar a palavra final. É aquela história : fácil chutar um cachorro morto ! Mas vai enfrentar um pitbull sem focinheira ! É uma outra história.
Quem sabe um dia o ser humano possa efetivamente seguir os preceitos do mestre JESUS : Amar aos outros como amas a ti mesmo ! Eis o “x” da questão : Como amar, se sequer sabemos como fazê-lo conosco ?
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