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"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante..." (Caio F. Abreu)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ser ou não ser...politicamente correto...

Sempre fui tímido, embora muitos por aí achem que não. Ao mínimo contato com pessoas que não conheço, sinto a face ruborizar, o coração bater mais acelerado, deixando sempre aquela impressão em mim de que sou um "estranho no ninho". Lembro-me dos inúmeros treinamentos que participei enquanto funcionário da Caixa : era só o instrutor dizer que todos iriam se apresentar, indicando nome, posto, qualificação, etc...que eu tremia nas bases. Quando estava se aproximando minha vez, sentia o coração na boca, literalmente, e sabia que ia tremer na hora de falar...

Um dia, em Chapecó/SC, fizemos um treinamento chamado SAQ - Sistema de Atendimento Qualificado. Eu havia me inscrito para ser "apoio" nesses treinamentos. Cuidava da montagem dos palcos, dos "flip chart", materiais, controle dos participantes, e por aí...Já havia participado de 3 encontros com funcionários antes deste dia, então conhecia a fundo a dinâmica do dito treinamento, que era ministrado por uma colega de Brasilia, a Cristina. Então tá, lá estava eu mais uma vez, e na platéia aguardando o início dos trabalhos cerca de 250 funcionários de Agências da Região, mais os outros colegas empenhados no evento.

Um a um fomos sendo apresentados para os colegas, lá na frente...GENTEEEEEE eu disse na frente de 250 pessoassssssssssss...hehehehe ! Quando chegou minha vez, estava bambo, não acreditava ser capaz de articular um simples Oi ! Daí (adoro dizer daí...hehehe), para surpresa geral e muito mais minha não tenham dúvidas, Cristina simplesmente se dirigiu à todos, formalmente, e mandou :
- Bom amigos, colegas...hoje vamos fazer diferente ! Quem vai ministrar e comandar o treinamento é nosso colega Fernando da DIAPI /SC...

Tasqueopa (abreviação para puta que os pariu...hehehe), corei, engasguei, fiquei quenemque vara verde ao vento. E daí pensei : se não falo nada, acaba aqui...e daí o pessoal vai me malhar feito Judas. Se falar, e tremer, a turmitcha não vai sentir firmeza, sei lá...e até vão me vaiar...Pera aí...vaias ? Tasqueopa novamente, então preferi falar mesmo, soltar o verbo, mesmo ruborizando...em poucos segundos passou, a coisa deslanchou, os demais colegas de apoio e a Cris foram se integrando à mim, e tudo correu na mais sublime calmaria...hehehehe !

Venci meu medo e vergonha ? Claro que não...ainda fico ruborizado ao escrever um simples palavrão como acima (opa...vão dizer...mas tá sozinho e na frente de uma tela..pq ? ). É que fui ensinado assim, a ser politicamente correto e não falar palavrões na "frente dos outros". A abrir portas, de carro ou não, a ceder lugar em ônibus para idosos e gestantes. Só que hoje lido melhor com isso, e tudo devido ao treinamento acima referido. Já consigo articular bem as palavras na frente de muitas pessoas, certamente com o rosto levemente corado no início...

Tem coisas que não mudam...hehehehe !

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