Nunca fiz o tipo macho pré-feminista, aquele de décadas atrás ( há uns tantos por aí ainda), que arrumava parceiras para um aventura sexual e depois as descartava, se houvesse risco de algum envolvimento emocional. Quando temos um "modelo" na infância, seja através do casamento de nossos pais ou outros entes queridos, iremos nortear pela vida afora nossos relacionamentos tomando por base aqueles "padrões". Faço ressalva que o casamento de meus pais não foi um "mar de rosas", pelo contrário, mas permaneceram juntos até o dia em que ele desencarnou. E, naquele dia, quando olhava nos olhos azuis de minha mãe, no Cemitério, pude avaliar o quanto ela gostara dele...pude sim...
Após anos de uma união conflituosa, "dei um tempo" para avaliar quais as minhas reais necessidades, físicas, psicológicas e emocionais, e percebi que poderia conviver bem comigo mesmo, até começar minhas navegações internáuticas e, aí, sentir na pele o quanto de conflitos emocionais existem por este mundo de Meu Deus.
A independência feminina ainda é apontada como uma das causas dos conflitos amorosos, pois isso assusta a nós homens...aqueles que respeitam os espaços da parceira e constroem "estratégias emocionais" saudáveis para ambos os lados, sai na frente. Diante de uma certa impotência em lidar com essa nova mulher liberada, alguns (e já aconteceu comigo), perdem seus referenciais diante da parceira, e não sabem lidar com esta onda de descaracterização do papel masculino nos entre laços amorosos; sentimentos como ciúme, inveja, possessão,egoísmo e outros, que até então estavam adormecidos dentro do indivíduo, vêm à tona, e destroem qualquer tentativa de manutenção da relação.
Imagine você ser o "sustento emocional" de alguém ! Oras bolas, encontre alguma coisa para fazer que te absorva - a ponto de você não perder tempo para entrar no esquema de : " Oh, pobre de mim". E há tanto para fazer, tanto...ficar de pieguices e choramingos não vai resolver teus conflitos emocionais. Como sempre digo para minha querida amiga Fê Barcellos : "...bóraaaaaaa menina, chutar alguns baldes...".
Falar, é fácil, o difícil é assumir nossos desvios de comportamento. Sei do que falo, porque nos últimos anos deixei de viver momentos leves e divertidos, para ser o que na essência não sou. E perdi com isso, muito...porém, me penitencio, o que creio ser uma forma de demonstrar que sou falível enquanto ser humano mas, jamais, o que fiz foi fruto de descontrole, e sim motivado por uma insegurança natural de quem se vê diante da uma realidade nua e crua : a liberdade e o livre arbítrio necessários para a manutenção de uma sólida relação homem x mulher...
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